Jornal de Notícias
O secretário-geral
do PCP acusou, este sábado, o Governo e o FMI de estarem a preparar um novo
programa de "extorsão e terrorismo social" usando o chumbo do
Tribunal Constitucional como justificação "oportuna" para
"mentir e chantagear" o país.
Nas Caldas das
Taipas, Guimarães, a discursar na 9ª Assembleia da Organização Regional de
Braga do partido, Jerónimo de Sousa acusou também o PS de "encenar"
oposição ao Governo e de "manter vivo um Governo moribundo para
capitalizar" vantagens.
O líder comunista
disse ainda que o "novo assalto", que o Governo e a troika pretendem
pôr em marcha sob "a capa" da reforma do Estado estava "há muito
em carteira" pelo que, defendeu, existe uma "inadiável
exigência" da demissão do Governo PSD/CDS.
Segundo Jerónimo de
Sousa, o executivo de Passos Coelho e a troika "preparam-se, neste
momento, para relançar um novo processo de extorsão das classes e camadas
populares e do país a favor dos grandes grupos económicos monopolistas, da
agiotagem e da especulação financeira".
Para o líder do
PCP, o corte anunciado de 4 mil milhões de euros nas funções sociais do Estado
é um "novo programa de terrorismo social", apresentado "sob a
capa de uma chamada reforma do Estado", que estava "na carteira já há
meses através do relatório do FMI, trabalhado e combinado entre governo e a
troika estrangeira".
"Decisão do
Constitucional foi o momento oportuno"
O secretário-geral
comunista apontou ainda que faltava "apenas o momento oportuno" para
"acelerar a sua marcha", o que, disse, foi visto na decisão do
Tribunal Constitucional sobre o Orçamento de Estado de 2013.
"Quiseram
fazer crer que a decisão do Tribunal Constitucional e a própria Constituição
eram a causa de todos os problemas que o país enfrenta. Viram nela o momento
ajustado para lhe dar projeção, justificar e desencadear a mais descarada
operação de mentira e chantagem a que o país assistiu nos últimos tempos",
acusou.
O PS foi também
alvo de críticas por parte de Jerónimo de Sousa, que acusou os socialistas de
"jogar na encenação" ao "encenar" ser uma "força"
da oposição.
No entanto,
apontou, "o PS efetivamente age para manter vivo um governo politicamente
moribundo a pensar apenas como pode capitalizar o mal e o sofrimento que está a
ser imposto ao País".
"Inadiável
exigência de demissão deste governo"
O líder do PC
voltou, então, a defender que Portugal enfrenta uma "inadiável exigência
de demissão deste governo do PSD/CDS", fazendo um apelo aos portugueses.
"Façam os
apelos que fizerem ao consenso nacional para impor os novos roubos que preparam
aos trabalhadores e ao povo, não há razão para manter este governo que conduziu
o país para uma situação calamitosa e que pior ficará, se continuar este
Governo à frente do país", defendeu o líder do PCP", referiu.
Assim, o
responsável máximo pelo PCP terminou a lembrar que a "luta não pode
parar" até "á derrota" do Governo.
"É preciso
fazer do 25 abril e do 1º de maio grandes jornadas de luta, contra esta
política e de exigência de uma política que sirva o povo e o país", apelou.
Leia também em
Jornal de Notícias
Sem comentários:
Enviar um comentário