Fitch atribuiu
notação BB- a Angola, com "perspetiva positiva"
09 de Maio de 2013,
15:07
Luanda, 09 mai
(Lusa) - A agência de notação Fitch atribuiu BB- a Angola, com "perspetiva
positiva", na mais recente análise sobre o comportamento da economia
angolana, divulgada esta semana.
A "perspetiva
positiva" da Fitch é justificada com a "redução da vulnerabilidade
externa", que reflete o compromisso de Angola com reformas macroeconómicas
e "políticas prudentes".
Estes aspetos
contribuíram para assegurar o superavit nas contas correntes, com reservas
acumuladas disponíveis para pagar importações no período de 6,8 meses, contra
os 3,7 meses registados em 2008.
O "forte
crescimento" do PIB garantiu a diversificação da economia, bem como o
"rápido crescimento" da renda "per capita", que a Fitch
considera ter sido o mais rápido das economias da África subsaariana, prevendo
que em 2013 a
economia angolana cresça 8,2 por cento, e em 2014 o crescimento deverá ser mais
moderado: 7,8 por cento.
A queda da inflação
para um dígito, o que acontece pela primeira vez em décadas, assinala,
"reflete a estabilidade cambial e a melhoria da política monetária, uma
tendência que se espera continue a verificar-se".
Quanto à dívida de
Angola relativamente ao PIB, a Fitch encontra também melhorias, tendo passado
dos 36 por cento de 2010 para 22 por cento em 2012.
A "elevada
dependência" de Angola das exportações de bens, particularmente do
petróleo, representa para a Fitch um dos pontos fracos da economia angolana
devido ao perigo da "sobrexposição" ao preço dos hidrocarbonetos.
A Fitch assinala
ainda que, segundo os indicadores do Banco Mundial, "a administração
pública e o clima económico" são mais fracos quando comparados com outros
países.
"O ambiente de
negócios é marcado por custos elevados, excessiva burocracia, corrupção e ainda
extrema pobreza no cumprimento de contrato. O governo está a envidar esforços
para desenvolver infraestruturas, sobretudo na energia, estradas e
infraestruturas sociais", destaca.
EL // PJA
Abrir um banco em
Angola passa a custar pelo menos 19 milhões de euros
09 de Maio de 2013,
19:09
Luanda, 09 mai
(Lusa) - Para uma sociedade financeira bancária se instalar em Angola precisa
de ter um capital mínimo de 19 milhões de euros, decidiu hoje em Luanda a
Comissão Económica do Conselho de Ministros.
O limite consta do
comunicado da reunião do governo angolano, que inclui ainda o anúncio da
criação de um Plano de Emergência para fazer frente aos efeitos da seca na
província do Cunene, sul do país.
No final da
reunião, o governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José de Lima Massano,
referiu, citado pela agência Angop, que a partir da aprovação da medida, alguns
bancos, que não citou, terão de fazer um esforço de ajustamento, tendo para o
efeito um período que vigorará até junho de 2014.
O governador do BNA
acrescentou que as novas regras impõem que o banco central se pronuncie no
prazo máximo de seis meses sobre a pretensão de qualquer sociedade financeira
querer instalar-se em Angola.
O prazo poderá ir
até aos 12 meses, e caso não haja resposta do BNA nesse período, o pedido é
tacitamente recusado.
Atualmente operam
em Angola 23 bancos, que cobrem todas as áreas, incluindo o "private
banking", e a perspetiva de crescimento do setor é grande, em virtude de
apenas 22 por cento da população angolana, calculada em cerca de 20 milhões de
pessoas, utilizar serviços bancários.
Relativamente ao
Plano de Emergência para combater os efeitos da seca no Cunene, o bispo de
Ondjiva, capital daquela província, Pio Hipunyati, em declarações feitas na
quarta-feira à Lusa, considerou que a seca que atinge a região é "a mais
severa dos últimos anos", ameaçando cerca de um milhão de pessoas.
O comunicado
destaca que o Plano de Emergência para o Cunene será executado por uma comissão
coordenada pelo Ministério do Planeamento e Desenvolvimento Territorial e
integrada pelos ministérios da Administração do Território, Assistência e
Reinserção Social, Agricultura, Saúde, Energia e Águas e pelo Governo da
Província do Cunene.
"O referido
Plano tem por objetivo garantir de imediato a assistência médica e
medicamentosa, em bens alimentares e de distribuição de água potável às
populações mais carenciadas", acentua o comunicado.
EL // JMR
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