Teodoro Albano –
Voz da América
Manifestação
continua agendada para Sábado, greve continua
O tribunal
provincial da Huíla libertou quinta-feira dos dois professores detidos na
terça-feira no âmbito da greve que vigora no sector da educação, desde 29 de
Abril.
O tribunal concluiu não ter havido nenhum elemento criminal que caucionasse a
prisão de Paulo Jamba Simão e Albino Daniel, por isso, o juiz José Monteiro
ordenou a libertação dos mesmos.
Após a libertação dos seus constituintes, o advogado David Mendes, satisfeito
com a decisão, suscitou algumas dúvidas
“Quando estarmos numa situação em que o réu aparece sem um advogado com aquela
pressão do tribunal e nos termos da lei o auto de notícia faz fé em juízo os
réus são condenados, agora imaginem quantos réus são condenados injustamente?
Tudo porque se quer cumprir ordens superiores. Eu acho que o ministério da
justiça os próprios tribunais têm que pôr termo a isso, é preciso começar-se a
sancionar que inventam dados,” disse.
O secretário provincial do SINPROF na Huíla, João Francisco, mostrou-se feliz
pela decisão, mas afirmou por outro lado, que a privação da liberdade dos
professores, presos sem justa causa “devia merecer indemnização”.
“ Há uma questão que aqui não foi levantada, mas seria necessário pensar na
indemnização dos colegas que ficaram 48 na prisão injustamente e numa altura em
que um deles falece o pai, isso dói-nos,” acrescentou.
Manuel de Vitória Pereira membro nacional do SINPROF apela ao diálogo e ao fim
da “arrogância do executivo”.
“Porque a greve não é o objectivo o que é o objectivo é a solução para os
problemas dos professores, então, devem saber negociar com os professores a
arrogância o autoritarismo não leva a nada nessas províncias,” disse.
Apesar da libertação dos professores, o sindicato provincial da classe mantém a
decisão de sair a rua neste sábado e protestar contra a detenção ilegal dos
dois docentes.
Sem comentários:
Enviar um comentário