… e segurança na
Guiné-Bissau
MB – JMR - Lusa
Bissau, 28 mai
(Lusa) - Os cinco chefes de Estado-Maior das Forças Armadas dos países da
África Ocidental que hoje se reuniram com o seu homólogo da Guiné-Bissau
recomendaram que se acelere a reforma do setor da defesa e segurança guineense.
No discurso de
encerramento e lendo as conclusões do encontro, que decorreu durante todo dia,
o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da Costa do Marfim, general
Soumayla Bakayoko, afirmou que "é urgente e necessário" pensar na
reforma do setor de defesa e segurança "como condição indispensável para a
estabilização definitiva" da Guiné-Bissau.
"Falamos
também e fizemos uma recomendação clara sobre a importância da reforma do setor
de defesa e segurança. Estarão de acordo connosco em como a Guiné-Bissau não
conhecerá uma paz definitiva se o setor de defesa e segurança não for bem
reformado", observou o general Bakayoko.
O presidente em
exercício do comité dos chefes de Estados-Maiores das Forças Armadas da
Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) adiantou que
"há muitos veteranos de guerra e é preciso pensar a sua situação no âmbito
da sua reinserção na vida económica civil da Guiné-Bissau. Foi feita uma recomendação
nesse sentido".
A cimeira abordou
igualmente a presença da ECOMIB (força de alerta da CEDEAO para a
Guiné-Bissau), tendo exortado as autoridades guineenses e comunitárias para a
necessidade de serem melhoradas as condições de vida e de trabalho dos cerca de
700 efetivos que a integram.
"Há militares
alojados em habitações que não estão apropriadas para isso. Por exemplo a
unidade de polícia da Nigéria, 140 homens, que vivem numa casa onde trabalham,
fazem a sua preparação e ainda tomam banho. Isso é preocupante", notou o
general Bakayoko.
Com o golpe de
Estado de abril de 2012 a
CEDEAO enviou para a Guiné-Bissau uma força composta por 700 elementos,
militares e polícias, oriundos de vários países da sub-região africana.
Os chefes militares
da África Ocidental também apelaram para a reformulação da composição da
ECOMIB, frisando a necessidade se ter mais polícias já que a força é neste
momento essencialmente integrada por militares.
"Recomendamos
que se dê uma atenção particular à composição da força da ECOMIB na
Guiné-Bissau, uma força essencialmente militar até aqui. Temos que reforçar a
parte da polícia por causa das eleições gerais que serão realizadas ainda este
ano. Queremos que estas eleições sejam asseguradas como devem de ser",
sublinhou o general Bakayoko.
E concluiu:
"Regozijamo-nos em ver a paz relativa neste país, a paz que a missão da
ECOMIB obteve na Guiné-Bissau, gostaríamos de ver reforçada esta paz para que
as eleições venham a decorrer na melhor condição de segurança".
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