Empresas agrícolas
de Moçambique preocupadas com proibição de pesticidas na Europa
15 de Maio de 2013,
14:39
Chimoio, Moçambique
15 mai (Lusa) - As empresas agrícolas em Moçambique, sobretudo as que se
dedicam à produção de alimentos para exportação, mostraram-se hoje preocupadas
com a proibição de pesticidas na Europa, afirmando-se sem alternativas ao uso
daqueles produtos.
Os pesticidas de
classe 1 e 2 (neonicotinóides), usados pelos produtores moçambicanos nos seus
campos, foram banidos por dois anos pelos 27 países da União Europeia por terem
sido implicados no declínio das populações de abelhas globais.
"Há medicamentos
(pesticidas) que serão revogados no espaço europeu (maior mercado de hortícolas
moçambicano) até setembro e estamos sem alternativas (de aquisição e
mercado)", disse Augusto Jaime, representante da Companhia de Vanduzi,
empresa de Manica, centro de Moçambique, virada para a produção e exportação de
hortícolas para a Europa.
A Autoridade
Europeia para a Segurança dos Alimentos recomendou a proibição por dois anos de
utilização de neonicotinóide nas culturas de florescência, que atrai as
abelhas, assim como as sementes de tais colheitas.
As empresas
moçambicanas adquirem produtos químicos comprados no mercado europeu para
produzir e conseguir exportar para aquele continente, um processo caro e
bastante burocrático no país, dependendo do aval do Ministério da Agricultura
moçambicano.
Falando em Chimoio
(Manica) durante uma conferência sobre gestão de negócios ligados à produção
agrária e gestão de recursos naturais, Augusto Jaime, disse que o banimento
poderá refletir-se na exportação de culturas que são atrativas para as abelhas,
por causa do risco dos insectos ficarem envenenados.
"O
procedimento é extenso e caro" referiu Augusto Jaime, quanto a autorização
para importação de pesticidas em Moçambique, referindo que a instituição criou
zonas tampão de produção, para controlo e monitorar da mosca de fruta, detetada
há anos também nas suas quintas, o que impediu muitos agricultores do centro a
exportar para o sul.
AYAC // PJA.
Governo moçambicano
vai propor ao parlamento criação de 10 novos municípios
15 de Maio de 2013,
09:00
Maputo, 15 mai
(Lusa) - O Conselho de Ministros de Moçambique vai propor ao parlamento a
criação de 10 novos municípios, aumentando para 53 o número de autarquias no
país, anunciou o porta-voz do órgão, Alberto Nkutumula.
De acordo com a
lista divulgada por Alberto Nkutumula, o centro do país terá quatro dos 10
novos municípios, o norte três e o sul igual número.
Se a proposta for
aprovada, o país vai contar com os municípios de Boane, na província de Maputo,
Praia do Bilene (Gaza), Quissico (Inhambane), Nhamatanda (Sofala), Sussundenga
(Manica), Nhamayábué (Tete), Maganja da Costa (Zambézia), Malema (Nampula),
Chiure (Cabo Delgado) e Mandimba (Niassa).
Todos os novos
municípios são sedes distritais, exceto o da Praia do Bilene, que é sede de
posto administrativo, no distrito da Macia.
Falando durante o
habitual briefing semanal no final da sessão semanal do Conselho de Ministros,
o porta-voz do Governo, Alberto Nkutumula, recordou que a criação de novas
autarquias obedece ao princípio de gradualismo do processo de descentralização.
Em 1997 foram
criadas 33 autarquias e, em 2008, outras 10.
"À medida que
as condições económicas, financeiras e sociais vão sendo reunidas irão também
ser criadas as necessárias autarquias", disse Nkutumula, argumentando
que," hoje, mostram-se reunidas as condições demográficas, institucionais
e territoriais para a criação de mais 10 autarquias nas dez províncias do
país".
Na mesma sessão, o
Governo também aprovou um decreto que cria novos tribunais distritais, para
aqueles que ainda não possuíam estas instituições. Até agora, estes distritos
recorrem a outros circunvizinhos em caso de julgamento.
Assim, o decreto
cria os tribunais distritais de Majune, Mecula, Muembe, Ngauma, Metarica e
Nipepe, na província do Niassa; Pemba Metuge, Ibo, Mecúfi, Meluco, Quissanga,
Balama, Muidumbe e Nangate, em Cabo Delgado; bem como Lalaua e Nacaroa, em
Nampula, todos na zona norte do país.
Na região centro
foram criados os tribunais distritais de Chiuta, Sangano e Chifunde, na
província de Tete; Tambara e Macossa (Manica); e Muanza (Sofala).
No Sul, o Governo
criou os tribunais de Jangamo (Inhambane), Chigubo, Massangena, e Cidade de
Xai-Xai (Gaza) e os tribunais distritais de Kanyaka e Ka-Tembe (na Cidade de
Maputo).
PMA/LAS
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