PMF – PGF - Lusa
O secretário-geral
do PS considerou hoje que "parece inevitável" um segundo resgate ou
um segundo programa de assistência a Portugal e afirmou esperar que o Governo
não esteja já a negociar "nas costas dos portugueses".
António José Seguro
falava em conferência de imprensa conjunta com o presidente do Grupo da Aliança
Progressista dos Socialistas e Democratas, Hannes Swoboda, após um encontro
entre ambos na sede nacional do PS.
Interrogado sobre a
possibilidade de estar já a ser negociado um novo programa cautelar de
assistência externa a Portugal, o líder socialista aproveitou para deixar uma
advertência ao executivo: "Não quero acreditar que seja verdade que esse
programa já esteja a ser negociado".
"Se isso é
verdade, então está a ser negociado nas costas dos portugueses. O PS não tem
conhecimento de nenhuma proposta por parte de Portugal", acentuou António
José Seguro.
Para o líder do PS,
o atual Governo "falhou e o país vive uma situação extremamente
difícil".
"O segundo
resgate, ou um segundo programa, parece inevitável fruto do falhanço deste
Governo. Qualquer negociação não pode ser feita nas costas dos portugueses.
Essa negociação tem de ser clara e deve ser feita por um novo Governo, com
legitimidade democrática", advogou o secretário-geral do PS.
Confrontado com o
facto de a hipótese de crise política em Portugal, na semana passada, ter dado
origem a uma trajetória de afundamento da Bolsa de Lisboa, a par de uma subida
drástica dos juros da dívida a dez anos nos mercados internacionais, António
José Seguro sustentou que "os mercados reagiram a factos".
"O único facto
que houve foi resultado da irresponsabilidade dos líderes do Governo: Duas
demissões, uma delas [a de Paulo Portas] com as consequências que o país está a
viver e com os prejuízos que foram evidentes para Portugal", respondeu o
líder socialista.
Em relação à
audiência com o Presidente da República, Cavaco Silva, na terça-feira, António
José Seguro recusou-se a dizer o que dirá ao chefe de Estado.
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