FP – APN - Lusa
Uma missão que
junta as principais organizações parceiras da Guiné-Bissau vai avaliar a
situação no país entre os dias 06 e 10 deste mês, disse hoje em Bissau o
representante da União Africana (UA), Ovídeo Pequeno.
A missão junta
representantes da UA, da ONU, da Comunidade de Países de Língua Portuguesa
(CPLP), da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e da
União Europeia (UE).
Segue-se a uma
idêntica que ocorreu em dezembro passado e tal como a primeira destina-se a
avaliar a evolução da situação no país, na sequência do golpe de Estado
ocorrido no ano passado, e o período de transição que se vive atualmente.
Ovídeo Pequeno, que
hoje se reuniu com o ministro dos Negócios Estrangeiros do governo de
transição, Delfim da Silva, disse aos jornalistas que a missão "irá ver os
passos que já foram dados pelas autoridades de transição" e "analisar
a possibilidade de apoio, quer a nível político quer a nível financeiro e
técnico" para as eleições, marcadas para novembro.
A Guiné-Bissau foi
suspensa da UA devido ao golpe de Estado do ano passado e a questão do levantamento
da suspensão também deverá ser discutida pela missão, disse Ovídeo Pequeno,
acrescentando que há um "sentimento" de levantar a suspensão, embora
seja necessário "ver no terreno como é que as coisas estão".
Em relação a um
eventual apoio da UA para as eleições presidenciais e legislativas marcadas
para 24 de novembro o representante em Bissau da União Africana disse que a
organização tem capacidade técnica para dar esse apoio, uma questão que vai ser
analisada com a Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau.
A missão que estará
no país na próxima semana, acrescentou, vai ver como é que "de forma
coletiva e individual" se pode ajudar a Guiné-Bissau a realizar um
processo eleitoral que seja transparente e como preparar também o período
pós-eleitoral.
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