HPG - JPF - Lusa
O secretário-geral
do PCP acusou hoje o Presidente da República de ter passado de "defensor a
promotor" de um Governo da maioria PSD/CDS-PP que está "morto",
após a comunicação ao país de Cavaco Silva.
"Em resultado
deste posicionamento, não há surpresa. Queremos aqui reafirmar que o
Presidente, passando a ser promotor e defensor deste Governo e desta política,
passa a ser corresponsável por todas as consequências que trará para o povo
português esta continuação de um Governo moribundo", afirmou Jerónimo de
Sousa, na sede comunista, em Lisboa.
Antes, Cavaco Silva
anunciara a continuação do executivo liderado por Pedro Passos Coelho,
incluindo a apresentação de uma moção de confiança no Parlamento. O Chefe de
Estado sublinhou que, apesar de o Governo se manter em plenitude de funções,
"nunca abdicará de nenhum dos poderes que a Constituição lhe
atribui".
"O Presidente,
com aquela sua proposta, tinha passado de cúmplice a promotor desta política,
tentando arrastar o PS, que aceitou participar nesta farsa. Nunca quis salvar o
país. Quis salvar a política de direita e os partidos da coligação",
insistiu Jerónimo de Sousa.
O líder comunista
previu que "a proposta de Orçamento do Estado (2014)" vai servir para
provar que "não se pretende alterar o rumo da vida nacional, apenas
persistir nesta política de austeridade, de sacrifícios, a infernizar a vida de
milhões de portugueses".
"É apenas um
exercício de uma maioria que, hoje, já não corresponde à vontade nem ao
sentimento da maioria do povo português, que vai apoiar um Governo que está
morto", concluiu, relativamente à futura moção de confiança na Assembleia
da República.
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