Jornal i - Lusa
O antigo Presidente
da República Jorge Sampaio defendeu hoje um Governo de transição para
preparar as eleições legislativas, que devem realizar-se no mesmo dia das
autárquicas, a 29 de setembro.
"Estamos num
momento de verdadeira emergência nacional. Houve aqui 48 horas de
irresponsabilidade e de factos que eu não julgaria possíveis e quem tem
responsabilidade de agir tem de agir depressa", defendeu Jorge Sampaio,
em entrevista à agência Lusa, num comentário à crise política que se seguiu à
demissão de Paulo Portas, líder do CDS-PP, de ministro de Negócios
Estrangeiros.
Para o
ex-presidente, "é preciso qualquer coisa que clarifique" a situação
política do país e "a única maneira são as eleições", uma solução que
diz levantar um problema.
"As eleições
em Portugal demoram muito tempo até se poderem realizar, infelizmente, e, [por
isso, coloca-se] o problema do Governo de transição, como já houve em Portugal
para preparar eleições. (…) Chegou o momento de pensar seriamente que é preciso
uma nova legitimidade que abra caminho para várias soluções políticas de outro
tipo", advogou.
"É prematuro
[apontar qual a melhor solução para chegar a um Governo de transição] porque
não sei o que está a acontecer neste momento. Mas é preciso preparar eleições e
depressa e ter a noção de que, pela primeira vez nestes dois anos, tem de haver
um compromisso largo, identificados os temas fundamentais a que temos de dar
resposta para a sobrevivência democrática, social, económica e financeira do
país", acrescentou.
Paulo Portas, líder
do CDS-PP, demitiu-se de ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros na
terça-feira, um dia depois da saída de Vítor Gaspar da pasta das
Finanças, substituído pela secretária de Estado Maria Luís Albuquerque.
Horas depois, o
primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou que tenciona manter-se
como primeiro-ministro, numa declaração ao país, horas depois da demissão de Paulo Portas.
Na mesma
declaração, Passos disse que não aceitou o pedido de demissão de Portas e
comunicou a intenção de esclarecer as condições de apoio político ao Governo de
coligação do PSD com o CDS-PP e o sentido da demissão do
ministro Paulo Portas.
1 comentário:
Para lembrar: JORGE SAMPAIO É OUTRO DOS "BILDERBERGS"!!!
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