Paulo Tavares - TSF
Ao que a TSF
apurou, a Presidência da República não entende porque é que PSD, PS e CDS
reagiram com espanto à comunicação ao país de Cavaco Silva, na semana passada.
No Palácio de
Belém, quem acompanhou de perto as audiências que o Presidente da República
manteve com os principais partidos, na terça-feira da semana passada, ficou
surpreendido com o tom das reações partidárias à solução anunciada por Cavaco
Silva.
Ao que a TSF sabe,
durante essas conversas, o Presidente não afirmou preto no branco o que iria
fazer, mas deu sinais fortes do que realmente pretendia - um entendimento
alargado entre os três principais partidos, um compromisso de salvação
nacional.
Em Belém, ainda é
considerado prematuro falar de cenários pós-negociação, e a frase do Presidente
«sem a existência desse acordo, será possível encontrar naturalmente outras
soluções no quadro do nosso sistema juridico constitucional», é encarada apenas
como uma porta aberta a diversos cenários. Saídas de emergência que a
Presidência da República espera não precisar.
Ao que a TSF sabe,
o Presidente está optimista no sucesso das negociações que começaram ontem e
tem confiança num entendimento entre PSD, PS e CDS.
O GÉNIO DA
BANALIDADE – opinião PG
Na realidade Cavaco
Silva e os que com ele em Belém cozinham a grande mostra das suas incapacidades
como PR fazem jus à justificação cada vez mais acentuada sobre a péssima opinião
dos portugueses relativamente ao PR, considerando o pior PR de sempre no
Portugal da democracia. Daquilo que Cavaco disse na comunicação ao país os
portugueses ficaram completamente a zeros porque aquela comunicação tem falhas
a quase todos os níveis. Foi uma confusa e péssima comunicação, repleta de incógnitas,
de ses, de omissões, de nebulosas, dignas do Génio da Banalidade que preenche
Cavaco Silva.
Porém, Cavaco, Belém, em vez de clarificar tudo que não se
entendeu (talvez porque não era para entender e deixar-nos no limbo) da confusa comunicação diz-se
surpreendido por os partidos não entenderem o que propõe para a saída rápida
desta crise, gerando mais confusão e instabilidade em nome da salvação dos seus
interesses mesquinhos, dos interesses da sociedade injusta que ideologicamente
defende. Belém surpreende-se por os partidos não entenderem? E não se
surpreende por os portugueses não entenderem a confusão que está a somar à
confusão já existente? O mesquinho e vingativo PR é mesmo um Génio da
Banalidade… perigoso para a democracia. (CT-PG)
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