quinta-feira, 15 de agosto de 2013

CONSELHO ANTI-CORRUPÇÃO DA VENEZUELA QUER REFORMA DO ESTADO

 


O Conselho de Estado venezuelano propôs na quarta-feira ao Presidente, Nicolás Maduro, que avance com uma reforma do Estado depois de analisar as medidas a tomar para reforçar a luta contra a corrupção.
 
"Estivemos a analisar as propostas a apresentar ao Presidente Maduro para que tome medidas de emergência. Propostas no âmbito jurídico, de revisão de leis e novas leis, no âmbito institucional, do Estado, tal como está concebida a sua estrutura, que às vezes é a herança do Estado burguês (...) desenhado para facilitar os processos de corrupção", disse o vice-presidente Executivo da Venezuela.
 
Jorge Arreaza falava aos jornalistas no fim de uma reunião do Conselho de Estado, que teve lugar no palácio presidencial de Miraflores, Caracas.
 
Segundo aquele responsável, as propostas passam ainda sobre como ouvir e incorporar o povo na luta contra a corrupção, as distintas vias políticas e jurídicas.
 
"A luta contra a corrupção é a luta contra o capitalismo. O capitalismo é inviável se não apela à corrupção, a roubar ao povo a sua esperança, os seus recursos materiais", frisou, sublinhando que o Governo seguirá em frente na luta contra a corrupção.
 
A reunião teve lugar um dia depois de a maioria parlamentar, afeta ao atual regime, acusar o partido opositor Primeiro Justiça de estar envolvido numa rede de narcotráfico, branqueamento de dinheiro e de prostituição.
 
O Conselho de Estado é um órgão assessor do Governo venezuelano, presidido por Jorge Arreaza e dele fazem parte um representante do Supremo Tribunal de Justiça, da Assembleia Nacional, dos governadores de Estado e outras cinco pessoas designadas pelo Presidente da República.
 
Na segunda-feira, o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que vai pedir ao parlamento poderes especiais para combater a corrupção e decretar uma "emergência nacional" para impulsionar esta luta.
 
Os poderes especiais, que terão de ser aprovados pela Assembleia Nacional, darão ao Presidente venezuelano a possibilidade de promulgar decretos sem estes terem de passar pelo parlamento.
 
A oposição acusa o governo venezuelano de encobrir importantes casos de corrupção de militantes entre os socialistas e de usar a luta contra a corrupção para perseguir a dissidência.
 
Agência Lusa
 

Sem comentários:

Mais lidas da semana