quarta-feira, 14 de agosto de 2013

EGITO A FERRO E FOGO – GOVERNO INTERINO DECLAROU ESTADO DE EMERGÊNCIA

 


Declarado estado de emergência - Recolher obrigatório no Cairo
 
O governo interino do Egito impôs hoje um recolher obrigatório no Cairo e em outras 11 províncias do território, na sequência da violência que alastra pelo país depois da repressão de manifestações de apoio ao presidente deposto Mohamed Morsi.
 
“Depois da presidência ter anunciado o estado de emergência, o recolher obrigatório será imposto entre as 19:00 locais (18:00 hora de Lisboa) e as 06:00 locais (05:00 hora de Lisboa) até nova ordem”, indicou um porta-voz do governo designado pelo exército após a destituição e detenção do islamita Morsi em julho último.
 
O recolher obrigatório abrange o Cairo e as províncias de Guizeh, Alexandria, Beni Sueif, Minya, Assiout, Sohag, Beheira, Norte e Sul-Sinai, Suez e Ismailia.
 
Repórter contou 124 cadáveres em praça no Cairo
 
Pelo menos 124 apoiantes do Presidente deposto Mohamed Morsi foram mortos numa das praças onde se concentravam os protestos antes da operação policial registada hoje no Cairo, constatou a AFP.
 
O repórter da agência France Presse (AFP) na Praça Rabaa al-Adawiya contou 124 cadáveres nas três morgues improvisadas no local.
 
O número de mortos noticiado pela AFP na sequência da operação policial não conta nem com eventuais vítimas na Praça Nahda, que também foi alvo da ação da polícia e não incluiu vítimas nos restantes pontos do país onde se registam confrontos.
 
De acordo com a Irmandade Muçulmana, a operação da polícia fez 2.200 mortos e 10 mil feridos, mas o Ministério da Saúde informou que há 15 mortos.
 
Os números sobre vítimas da violência da operação policial não foram ainda confirmados por fontes independentes.
 
Na sequência da violência que alastra pelo país, o Governo declarou hoje estado de emergência durante um mês.
 
O estado de emergência, imposto em todo o território do Egito, entrou em vigor às 16:00 horas (15:00 horas em Lisboa), anunciou a presidência egípcia num comunicado transmitido pela televisão estatal.
 
O atual clima de tensão no Egito iniciou-se a 30 de junho, quando diversos setores da oposição promoveram grandes protestos exigindo a deposição do Presidente islamita Mohamed Morsi, eleito em junho de 2012 nas primeiras eleições livres no país.
 
Morsi provinha da Irmandade Muçulmana, que também venceu as legislativas organizadas após o derrube, em fevereiro de 2011, do regime autocrático de Hosni Mubarak.
 
Em 03 de julho o Presidente foi deposto e detido pelos militares, tendo sido formado um Governo de transição, entre os protestos das correntes islamitas que exigem o seu regresso ao poder.
 
Após o falhanço das tentativas de mediação internacionais, o Governo interino nomeado pelo exército anunciou que, terminado o período do Ramadão, no passado fim de semana, iria acabar com as manifestações pró-Morsi, operação que iniciou hoje.
 
Operador de câmara da Sky News morto a tiro no Cairo
 
Um operador de câmara da estação Sky News foi hoje morto a tiro no Egito, onde a violência já fez dezenas de mortos no Cairo, anunciou a cadeia britânica.
 
"O operador de câmara da Sky News Mick Deane foi morto a tiro no Egito esta manhã", informou a Sky News, acrescentando que Deane, de 61 anos e pai de duas crianças, "trabalhava há 15 anos" para a televisão britânica.
 
A polícia egípcia dispersou hoje, com recurso à violência, apoiantes do ex-presidente Mohamed Morsi, deposto pelos militares no início de julho.
 
A operação transformou-se num "banho de sangue" com dezenas de mortos, segundo a agência noticiosa francesa AFP.
 
O atual clima de tensão no Egito iniciou-se a 30 de junho, quando diversos setores da oposição promoveram grandes protestos para exigir a deposição do presidente islamita Mohamed Morsi, eleito em junho de 2012 nas primeiras eleições livres no país.
 
Morsi provinha da Irmandade Muçulmana, que também venceu as legislativas organizadas após o derrube, em fevereiro de 2011, do regime autocrático de Hosni Mubarak.
 
A 03 de julho o presidente foi deposto e detido pelos militares, tendo sido formado um governo de transição, entre os protestos das correntes islamitas que exigem o regresso de Morsi ao poder.
 
Após o falhanço das tentativas de mediação internacionais, o governo interino nomeado pelo exército anunciou que, terminado o período do Ramadão (mês de jejum muçulmano), no passado fim de semana, ia acabar com as manifestações pró-Morsi, operação que iniciou hoje.
 
Notícias da Agência Lusa
 
Título PG
 
Ler relacionado-opinião de Rui Peralta em OS MILITARES DO FARAÓ
 

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