MSE – MLL - Lusa
Díli, 14 ago (Lusa)
- O Presidente de Timor-Leste, Taur Matan Ruak, afirmou, numa visita feita aos
distritos, ter "vergonha" das estradas do país, refere um comunicado
hoje divulgado pela Presidência timorense.
A afirmação do
Presidente timorense foi feita durante uma visita que fez para diálogo com as
comunidades aos subdistritos de Turiscai Vila e Laclubar, nos distritos de
Manufahi e de Manatuto, respetivamente.
"As nossas
estradas, as nossas infraestruturas são um grande problema. O pouco que fazemos
está em piores condições em relação ao legado que a Indonésia nos deixou. O
alcatrão que hoje pomos e que é tão sofisticado, amanhã está em mau estado.
Como Presidente tenho vergonha", afirmou o Matan Ruak, citado no
comunicado, depois de ouvir as lamentações da população.
Segundo o
comunicado da Presidência timorense, o chefe de Estado disse também que as
pessoas que fazem o "inaceitável também deveriam ter vergonha".
"Mas não a
têm, porque a escondem. Por isso peço-vos que comecem a aprender a criticar o
inaceitável", pediu às comunidades.
Durante a visita,
que decorreu entre quinta-feira e domingo, o Presidente chegou a andar 10
quilómetros a pé para conseguir chegar a algumas comunidades.
"O caminho
para a vossa terra é longo. Quando vinha a caminho, as minhas pernas fraquejavam.
Mas como vos amo, não desisti. Se não vos amasse, tinha voltado para trás. O
facto de eu ter vindo até aqui demonstra o quanto vos amo, porque foi daqui que
noutros tempos defendemos a nossa nação. Estou contente por ter vindo apesar da
distância," disse o chefe de Estado.
Na visita àquelas
comunidades, Taur Matan Ruak ouviu das pessoas queixas pela falta de luz, água
potável e de estradas.
Às pessoas, o
Presidente pediu para trabalharem, porque há "muito trabalho pela frente
que não pode ser feito apenas pelo Presidente e pelo Governo".
"Precisamos da
contribuição de todos," disse o Chefe de Estado.
O Presidente
timorense prossegue na quinta-feira a sua visita para diálogo com as
comunidades que termina na próxima terça-feira em Same, costa sul do país, com
a segunda cerimónia de desmobilização de elementos da antiga guerrilha timorense
e com a inauguração da central elétrica de Betano.
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