LAS – MLL - Lusa
A empresa italiana
ENI, que prospeta um lote riquíssimo em gás natural em Moçambique, anunciou
hoje ter aceitado pagar mais-valias de 301 milhões de euros ao Estado
moçambicano, pela venda de uma quota a uma empresa chinesa.
O acordo foi
negociado em Tete, no centro de Moçambique, durante um encontro, na
terça-feira, entre o Presidente moçambicano, Armando Guebuza, e o patrão da
ENI, Paolo Scaroni.
A empresa italiana,
líder de um consórcio de prospeção de gás natural no norte de Moçambique, que
integra a portuguesa GALP, comprometeu-se ainda a construir uma estação de
energia de 75 megawatts, como contrapartida pela recente venda à China National
Petroleum Corporation (CNPC) de uma quota de 28,57% da Eni East África, pelo
valor de 3,1 mil milhões de euros.
Analistas citados
pelas agências previam que o benefício de Moçambique poderia ser mais do dobro,
de cerca de mil milhões de euros, se o país tivesse imposto à operação uma taxa
de 32%, que recentemente utilizou para outras vendas.
Os dois dirigentes
abordaram ainda o processo de reconstrução, pela ENI, da estrada que liga Pemba
a Palma, esta a localidade que suporta as operações de prospeção ao largo da
costa no norte de Moçambique, segundo a agência italiana AGI.
Com a nova
composição de capital, o consórcio que opera na chamada Área 4 ficou
constituído pela ENI (50%), CNPC (20%), GALP, KOGAS e ENH (todas com 10%).
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