quarta-feira, 14 de agosto de 2013

POLÍCIAS SUL-AFRICANOS ASSASSINOS DE MOÇAMBICANO JÁ ESTÃO EM LIBERDADE

 

POLÍCIA, JUIZ E JUSTIÇA CRIMINOSA
 
Acontece por todo o mundo e na África do Sul também. Os tribunais estão pejados de juízes e de esquemas que privilegiam o crime em detrimento da justiça e das vítimas. Existem juízes e colaboradores do chamado aparelho de Justiça que são verdadeiros criminosos, verdadeiros cúmplices de autores de assassinatos, de crimes económicos, etc., etc. Estamos perante mais um caso. Este ocorrido na África do Sul, como refere o texto que transcrevemos do Verdade (mz). Apesar dos polícias assassinos terem vitimado um cidadão moçambicano após terem-no detido por infração de trânsito, algemado à traseira da viatura policial, arrastado pelas ruas e causado a sua morte, um juiz cúmplice ordena que os assassinos aguardem julgamento em liberdade. Inadmissível. Só admissível em mentes criminosas como, decerto, a daquele juiz e dos que produziram a legislação cúmplice de crimes como o que correu mundo em vídeo. Um crime premeditado, mais que comprovado, mas que premeia os seus autores com a liberdade que em real justiça não merecem, nem há quantitativo monetário que corresponda à punição do crime. Além do mais devemos colocar a questão: quantos cidadãos sul-africanos já foram vítimas deses processos criminosos da polícia? Certamente que mais alguns ou muitos mais. Criminosos fardados ou de toga e paramentos associados à pseudo justiça é o que há mais. (Redação PG – CT)
 
Acusados pelo assassinato de Mido Macia aguardam julgamento em liberdade na África do Sul
 
Milton Maluleque – Verdade (mz)
 
Os nove agentes da polícia de Daveyton, acusados pelo assassinato do cidadão moçambicano Mido Macia foram colocados em liberdade nesta quarta-feira (14), por um Tribunal de Benoni, na África do Sul, mediante ao pagamento de caução, de cerca de 5 mil randes cada um. O julgamento só deverá acontecer daqui a três meses.
 
Os agentes da lei e ordem Meshack Malele, Thamsanqa Ncema, Percy Mnisi, Bongumusa Mdluli, Sipho Ngobeni, Lungisa Gwababa, Bongani Kolisi, Linda Sololo e Moteme Ramatlou, foram detidos em conexão com a morte de Macia no dia 26 de Fevereiro de 2013, em tribunal os polícias declararam-se inocentes. Os agentes alegam em sua defesa que Mido Macia havia resistido a detenção, o que culminou com o excesso de zelo por parte da polícia.
 
Na audiência desta quarta-feira, quando o tribunal aguardava pelas novas evidências em torno do caso, a única informação recebida foi a de existência de um endereço residencial alternativo de um dos acusados. Este foi o terceiro pedido de liberdade sob pagamento de caução dos réus, os dois anteriores haviam sido recusados pelo facto dos acusados poderem vir a interferir nas investigações, sobretudo com as testemunhas que são colegas de profissão.
 
José Nascimento, advogado da família Macia por indicação das autoridades moçambicanas para monitorar o caso, afirmou que o pai do finado não compareceu perante ao tribunal devido a falta de condições financeiras para a deslocação.
 
As condições da liberdade provisória ditam a não entrada dos acusados na Esquadra Policial de Daveyton e a não tentativa de contacto às testemunhas.
 
O julgamento deverá iniciar em Novembro próximo em Delmas, Joanesburgo.
 
Refira-se que Macia morreu nas mãos da polícia em Fevereiro último, após ter sido brutalmente algemado de costas e arrastado por um veículo policial, em plena luz do dia numa estrada do subúrbio de Daveyton, na região de Ekurhuleni, em East Rand.
 
Os resultados da autópsia revelaram que o moçambicano foi torturado, com ferimentos nos braços, nos pulsos, na língua e também na sua cabeça e que esses actos violentos terão causado a sua morte.
 

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