POLÍCIA, JUIZ E JUSTIÇA
CRIMINOSA
Acontece por todo o
mundo e na África do Sul também. Os tribunais estão pejados de juízes e de
esquemas que privilegiam o crime em detrimento da justiça e das vítimas. Existem
juízes e colaboradores do chamado aparelho de Justiça que são verdadeiros
criminosos, verdadeiros cúmplices de autores de assassinatos, de crimes económicos,
etc., etc. Estamos perante mais um caso. Este ocorrido na África do Sul, como
refere o texto que transcrevemos do Verdade (mz). Apesar dos polícias
assassinos terem vitimado um cidadão moçambicano após terem-no detido por
infração de trânsito, algemado à traseira da viatura policial, arrastado pelas
ruas e causado a sua morte, um juiz cúmplice ordena que os assassinos aguardem
julgamento em liberdade. Inadmissível. Só admissível em mentes criminosas como,
decerto, a daquele juiz e dos que produziram a legislação cúmplice de crimes
como o que correu mundo em vídeo. Um crime premeditado, mais que comprovado,
mas que premeia os seus autores com a liberdade que em real justiça não
merecem, nem há quantitativo monetário que corresponda à punição do crime. Além do mais devemos colocar a questão: quantos cidadãos sul-africanos já foram vítimas deses processos criminosos da polícia? Certamente que mais alguns ou muitos mais. Criminosos fardados ou de toga e paramentos associados à pseudo justiça é o que há mais. (Redação PG – CT)
Acusados pelo
assassinato de Mido Macia aguardam julgamento em liberdade na África do Sul
Milton
Maluleque – Verdade (mz)
Os nove agentes da
polícia de Daveyton, acusados pelo assassinato do cidadão moçambicano Mido
Macia foram colocados em liberdade nesta quarta-feira (14), por um Tribunal de
Benoni, na África do Sul, mediante ao pagamento de caução, de cerca de 5 mil
randes cada um. O julgamento só deverá acontecer daqui a três meses.
Os agentes da lei e
ordem Meshack Malele, Thamsanqa Ncema, Percy Mnisi, Bongumusa Mdluli, Sipho
Ngobeni, Lungisa Gwababa, Bongani Kolisi, Linda Sololo e Moteme Ramatlou, foram
detidos em conexão com a morte de Macia
no dia 26 de Fevereiro de 2013, em tribunal os polícias declararam-se inocentes.
Os agentes alegam em sua defesa que Mido Macia havia resistido a detenção, o
que culminou com o excesso de zelo por parte da polícia.
Na audiência desta
quarta-feira, quando o tribunal aguardava pelas novas evidências em torno do
caso, a única informação recebida foi a de existência de um endereço
residencial alternativo de um dos acusados. Este foi o terceiro pedido de
liberdade sob pagamento de caução dos réus, os
dois anteriores haviam sido recusados pelo facto dos acusados poderem vir a
interferir nas investigações, sobretudo com as testemunhas que são colegas de
profissão.
José Nascimento,
advogado da família Macia por indicação das autoridades moçambicanas para
monitorar o caso, afirmou que o pai do finado não compareceu perante ao
tribunal devido a falta de condições financeiras para a deslocação.
As condições da
liberdade provisória ditam a não entrada dos acusados na Esquadra Policial de
Daveyton e a não tentativa de contacto às testemunhas.
O julgamento deverá
iniciar em Novembro próximo em Delmas, Joanesburgo.
Refira-se que Macia
morreu nas mãos da polícia em Fevereiro último, após ter sido brutalmente
algemado de costas e arrastado por um veículo policial, em plena luz do dia
numa estrada do subúrbio de Daveyton, na região de Ekurhuleni, em East Rand.
Os resultados da
autópsia revelaram que o moçambicano foi torturado, com ferimentos nos braços,
nos pulsos, na língua e também na sua cabeça e que esses actos violentos terão
causado a sua morte.
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