PMA - MLL - Lusa
O Presidente
moçambicano, Armando Guebuza, disse hoje que a insegurança que se vive na
província de Maputo, sul de Moçambique, resulta de "agitação e não da onda
de criminalidade", apelando à população para se manter serena.
Os subúrbios das
cidades de Maputo e da Matola, na província de Maputo, registam uma notória
situação de perturbação da ordem, provocada por relatos de assaltos a
residências, violação e episódios de queimaduras provocadas por ferros de
engomar, alegadamente usados pelos autores dos ataques.
Aterrorizada pelo
clima de insegurança, a população das duas cidades tem feito patrulhamentos,
que resultaram em linchamentos, dos quais morreram seis pessoas, incluindo um
conhecido artista plástico moçambicano, confundido com membro de um gangue.
Interrogado sobre a
turbulência nas duas cidades, numa conferência de imprensa na província de
Tete, centro do país, o Presidente moçambicano considerou que a situação resulta
de uma onda de agitação e não do recrudescimento da criminalidade.
"Houve, de facto,
casos recentes de crimes violentos que foram aproveitados por alguns indivíduos
para ampliar e multiplicar o seu efeito. Mas não podemos concluir que é uma
onda de criminalidade, mas sim de agitação", afirmou Armando Guebuza.
O chefe do Estado
moçambicano assinalou que as comunidades de Maputo e da Matola devem colaborar
com a polícia na promoção da segurança e ordem pública, mantendo-se vigilantes
à ação de quadrilhas de assaltantes.
Muitos analistas
atribuem o aparente agravamento do crime e o pânico da população à ausência de
ações de policiamento de proximidade, principalmente nas áreas suburbanas das
duas cidades.
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