Foi há 12 anos.
Acontecimentos horrorosos de uma manhã nos EUA que fizeram mudar o mundo e proporcionaram
pretextos aos governos para invadir a privacidade e dignidade dos cidadãos em
nome da defesa a atos terroristas. Ainda na atualidade a questão se coloca: o
11 de setembro de 2001 foi uma operação interna encomendada pelo governo dos
EUA para se embrenhar na invasão e guerra
contra outros países pretextando estar a lutar contra o terrorismo ou
aconteceu, como afirma a versão oficial, fruto de um ato planeado e
concretizado pela Alcaeda de Bin Laden? Talvez um dia saibamos a verdade mas o
que é condenável e indubitável é que o ato foi mesmo altamente terrorista e
ceifou vidas inocentes aos milhares na capital dos EUA. Terrorismo de Estado?
Terrorismo da Alcaeda? Um grande crime contra a humanidade.
Repassamos um texto
da Agência Lusa, publicado no Expresso, de 8 setembro 2011. Homenagem às vítimas, seus familiares e amigos,
e solidariedade com o povo dos EUA - é o nosso propósito. (Redação PG)
11 de Setembro:
teorias da conspiração ou realidade?
Expresso - Lusa
Explosivos colocados
nas torres, a encenação do voo 93 e os supostos quatro mil judeus que não foram
trabalhar no dia do ataque são algumas das teorias da conspiração existentes.
Quando a realidade
ultrapassa a ficção, como nos atentados de 11 de Setembro de 2001 em Nova
Iorque, as explicações nunca são simples e as teorias da conspiração encontram
terreno fértil.
A mão da administração de George W. Bush nos atentados, para justificar
restrições draconianas às liberdades individuais e intervenções em países
islâmicos, os atentados terem sido obra dos serviços secretos israelitas, ou o
colapso das torres do World Trade Center ter sido provocado por explosivos e
não pelo impacto de aviões sequestrados, estão entre as teorias da conspiração
mais difundidas e persistentes sobre os ataques de há 10 anos.
A magnitude da catástrofe e o sentimento de vulnerabilidade que provocou parecem ter exigido outras explicações, mais obscuras e sinistras, para além de que uma organização terrorista, criada por um milionário saudita radical empenhado numa "guerra santa" contra o ocidente, tenha conseguido um golpe sem precedentes no coração da maior potência mundial parece não ser suficiente.
Drama do voo 93
seria encenado
Os factos apurados
sobre os atentados indicam que a 11 de setembro de 2001 dois aviões pilotados
por membros da Al-Qaida embateram nas torres gémeas, fazendo ruir os edifícios
e matando 2753 pessoas. Um terceiro aparelho chocou com o Pentágono, em
Washington, causando 184 mortes, e um quarto avião despenhou-se na Pensilvânia,
matando mais 40 pessoas.
Uma das teorias da conspiração mais elaboradas defende que o drama do voo 93 -
o quarto avião sequestrado, que se despenhou num campo depois de os passageiros
terem lutado com os sequestradores - foi encenado.
A teoria da conspiração alega que o avião aterrou em segurança e que um outro avião, vazio, foi propositadamente despenhado. Os passageiros do voo 93 terão sido assassinados ou receberam novas identidades e foram enviados para outros países.
Factos oficiais vs
"truthers" pela verdade
A exposição da
vulnerabilidade dos Estados Unidos e da incapacidade de reação de alguns
serviços foi dolorosa para uma população habituada à supremacia e as teorias da
conspiração proliferaram e nasceram os grupos que se tornaram conhecidos como
"truthers" ("pela verdade").
Grupos como o "Texanos do Norte pela Verdade de 9/11" - que reclama
50 membros oficiais e uma lista de pelo menos 200 pessoas que recebem um
boletim informativo - continuam a realizar reuniões regulares para discutirem o
colapso das torres gémeas.
Outros grupos ativos de "truthers" incluem o "Arquitetos pela Verdade de 9/11" e o "Académicos pela Verdade de 9/11".
Os valores da liberdade individual e do ceticismo e desconfiança em relação ao aparelho do Estado, fazem parte da genética dos Estados Unidos e em 2009 uma petição apelando para um inquérito independente às "verdadeiras causas" do colapso das torres do World Trade Center recolheu 80 mil assinaturas.
Apesar de
refutadas, teorias da conspiração persistem.
Ao contrário das
teses da morte de Kennedy, que se desenvolveram ao longo de anos, as teorias
sobre os atentados de 11 de setembro disseminaram-se quase instantaneamente através
da Internet, alimentadas pela repetição das imagens traumáticas das torres a
desmoronarem-se. E parecem ter longevidade garantida, apesar de terem sido
desmanteladas por factos verificáveis.
Um dos "factos" que justificaria a tese de uma conspiração israelita
seria o de que os 4000 judeus que trabalhavam nas torres gémeas tiraram folga
no dia dos atentados.
Mas entre as vítimas mortais contaram-se 300 judeus e 100 muçulmanos. O número de 4000 judeus constava de uma lista do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel sobre o paradeiro de cidadãos israelitas que se encontravam na área na altura dos atentados.
Apesar de a realidade poder ultrapassar a ficção e de as teorias da conspiração serem sistematicamente invalidadas, estas perduram e perpetuam-se. Como todos os teóricos da conspiração insistirão sempre, "a completa falta de provas é a prova mais segura de que a conspiração existe e está a funcionar".
Clique para visitar o dossiê 11 de
Setembro, no Expresso
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