domingo, 1 de setembro de 2013

ANGOLANOS REPATRIADOS PEDEM SOCORRO

 

Isidoro Samutula – Jornal de Angola
 
Angolanos que regressaram em Julho deste ano à Lunda-Norte provenientes da República Democrática de Congo, onde viviam na condição de refugiados, precisam de apoio para melhorarem as condições de vida
 
O coordenador do grupo, Gico-kwa Nzinga, disse que chegaram a Angola em Julho através da fronteira de Txissanda, mas ainda vivem em condições precárias. “Estamos a precisar de apoios, vivemos sem as mínimas condições, falta-nos tudo”, lamentou.

O grupo composto por 26 crianças, 12 homens e nove mulheres, vive numa casa com cinco compartimentos, onde, no passado, funcionou um posto de saúde e apresenta um estado de degradação avançado, o que coloca em risco as suas vidas, sobretudo com o inicio da época da chuva.

“Estávamos todos ansiosos para regressar ao nosso país, mas a situação está difícil”, disse Gicokwa Nzinga, sublinhando que desde que os refugiados chegaram, a 3 de Julho, apenas receberam colchões e panelas da direcção dos Assuntos Sociais.

Gicokwa Nzinga disse, igualmente, que para se alimentarem, os homens trabalham nas lavras dos camponeses em troca de comida. Disse que as crianças já apresentam níveis de desnutrição elevada e precisam de assistência médica.

A Cruz Vermelha de Angola doou ao grupo bens alimentares como fuba de milho, sal, massa alimentar, massa de tomate, óleo alimentar, sabão e roupa usada.

O secretário provincial da Cruz Vermelha de Angola na Lunda-Norte, Ilídio Chissolukombe, disse que o grupo apresenta uma situação de “alta vulnerabilidade”.

Considerou a situação preocupante e pediu às organizações filantrópicas nacionais e internacionais para intervirem, de forma a minimizar as condições de vida do grupo de angolanos.

Ilídio Chissolukombe apelou às Direcções Provinciais de Saúde, Assistência e Reinserção Social, Protecção Civil e Justiça para intervirem de forma a inverter o actual quadro de vulnerabilidade destes cidadãos.

As crianças em idade escolar estão fora do sistema normal de ensino e aprendizagem por falta de identidade angolana.

O chefe do departamento provincial da saúde pública reconheceu que as crianças apresentam níveis de desnutrição preocupantes e garantiu que vai prestar mais atenção à assistência médica e medicamentosa. Omar Katumba alertou para a necessidade de uma intervenção urgente, para melhorar as condições do grupo de angolanos, recentemente regressados ao país.

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