A imprensa francesa
diz que Moçambique encomendou 30 barcos entre os quais 3 navios-patrulha mas o
governo mantem-se silencioso em relação a isso
Simião Pongoane –
Voz da América
Em Moçambique a
compra de 30 navios à França avaliados em 300 milhões de euros encontra-se
envolvida em mistério.
O assunto foi
reportado pela imprensa francesa, mas em Maputo o silêncio das autoridades é
total. O porta-voz do governo, Alberto Nkutumula, disse a jornalistas no final
da sessão ordinária do Conselho de Ministros realizada Terça-feira que
desconhece o assunto e que nem foi matéria de debate no Conselho.
Mas segundo a imprensa citando o empresário libanês, Iskandar Safa, proprietário do estaleiro naval, os 30 navios foram encomendados à empresa Constructions Mécaniques de Normandie, localizada em Cherburgo na França. Iskandar Safa disse que a encomenda prevê a construção de mais de duas dezenas de traineiras e três barcos-patrulha.
A segurança no Canal de Moçambique é considerada grande desafio depois dos piratas da Somália terem sequestrado há dois anos um barco de pesca com cerca de 25 pessoas a bordo na bacia de Sofala.
O professor Orlando Manhique, do Instituto Superior de Ciências Náuticas, evita comentar sobre a reportada encomenda do governo por alegada falta de dados, mas considera que Moçambique necessita de barcos para garantir a segurança da sua longa costa marítima.
Moçambique tem apenas dois barcos convertidos para fiscalização da pesca ilegal, mas para o professor Orlando Manhique essas embarcações não podem ser usadas para operações de patrulhamento contra a pirataria marítima.
A vizinha África do Sul, a maior potência económico-industrial do continente africano, tem prestado apoio a Moçambique no patrulhamento das suas águas territoriais.
A França tem igualmente ajudado através dos seus vasos de guerra estacionados nas Ilhas Reunião.
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