sábado, 28 de setembro de 2013

Movimento Jovens guineenses querem ONU a organizar próximas eleições gerais

 


Jovens guineenses do Movimento Ação Cidadã querem que sejam as Nações Unidas a organizar as próximas eleições gerais no país, posição que comunicaram hoje ao representante do secretário-geral da ONU, José Ramos-Horta.
 
Num 'djumbai' (tertúlia de amigos) de cidadania com José Ramos-Horta, os jovens da Ação Cidadã revelaram as suas inquietações sobre as próximas eleições marcadas para 24 de novembro afirmando receios e dúvidas em relação ao processo.
 
O debate com José Ramos-Horta teve como mote "Eleições para quê? Uma abordagem para além de justas, livres e transparentes" ou "Quais as garantias da viabilidade e justiça democrática do processo eleitoral?".
 
Miguel Barros, um dos animadores do Movimento Ação Cidadã, transmitindo aquelas que disse serem as dúvidas de uma grande maioria de jovens guineenses, considerou que perante o atual cenário político do país "não existem garantias" de que as próximas eleições irão ao encontro das expectativas.
 
"Será que as atuais autoridades de transição dão garantias para a organização das eleições? Não seria melhor ser a comunidade internacional, a ONU em concreto, a organizar as próximas eleições?", questionou Barros.
 
A estas inquietações, o representante do secretário-geral das Nações Unidas respondeu lembrando aos jovens que a Guiné-Bissau "é um Estado soberano" e que "ainda não manifestou nenhum pedido nesse sentido".
 
José Ramos-Horta admitiu que a ONU já organizou e certificou eleições noutros países, mas lembrou que nesses casos foi por recomendação do Conselho de Segurança. Citou os casos de Timor-Leste e da Costa do Marfim.
 
"A ONU já certificou eleições, mas já deixou de fazer isso", explicou Ramos-Horta.
 
Numa ação que mais parecia uma aula aberta com os alunos (os jovens) e o professor (José Ramos-Horta), sentados em cadeiras de plástico num círculo, o responsável da ONU exortou os guineenses a dialogarem para encontrar "uma solução de compromisso" para os problemas do país.
 
"O ideal para este país, dados os problemas de há 40 anos, é sentarem-se todos à volta de uma mesa, exorcizar os demónios e firmar um Pacto de Regime", sublinhou Ramos-Horta.
 
Para o representante do secretário-geral das Nações Unidas, os guineenses "deviam compreender de uma vez por todas" que não será a comunidade internacional a trazer soluções para os problemas do país.
 
A este propósito defendeu que as próximas eleições gerais não devem ser mais um ato eleitoral, mas sobretudo "um momento de viragem" no país, onde os que vencerem as eleições saberão chamar para a tarefa da governação os que perderem.
 
E o próximo Presidente deverá ser "um bom reconciliador", enquanto o primeiro-ministro "um reformador", preconizou José Ramos-Horta.
 
Lusa
 

1 comentário:

Anónimo disse...

Boa noite senhor Ramos Horta. Gostariamos que tomasse em consideraçao a esse pedido desses jovens isto é verdade nao queremos mais guerra na Guiné faço aqui um apelo se for possivel que as Naçoes Unidas tomasse a Guiné em mao e organizar a segunda volta das eleiçoes que foram anuladas por Kumba Yala Serifo Nhamadjo e o Antonio Indjai em vez de começar tudo a zero evitando deste modo gastar mais de milioes de dolares. Veja a situaçao do pais estamos cansados com este governo militar. Nessa assembleia geral das naçoes unidas ouvi atentamente o discurso do senhor Nnhamado que falou um pouco de tudo mas nunca mensionou a minima frase pedindo o regresso de todos os exilados politicos que querem participar e apresentarem suas candidaturas. O senhor Nhamadjo se apresenta como um democrata para mim nunca foi e nunca sera democrata. Se as naçoes unidas nao pode organizar essas eleiçoes entao deixemos este bando armado de continuar a governar o pais ja estamos habituados ao sofrimento. A Guiné nao esta num caminho certo como disse muitas vezes o senhor Ramos Horta.Todos os dias ouve algo de crimes no pais. O senhor Ramos Horta sabe perfeitamente que sao os autores. Viva a Guine Bissau e viva o povo da Guiné

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