O anúncio foi feito
pelo porta-voz da Polícia Nacional, comissário Aristófanes dos Santos, em
declarações à LUSA e RTP, em que destacou não se ter registado uma grande
concentração de jovens.
"Se calhar
também fruto do nosso apelo, mas houve alguns jovens. Houve algumas tentativas
de tumulto, algumas situações de desacato, não em grande em escala e até agora
não houve mais situações gravosas", salientou.
O comissário
Aristófanes dos Santos adiantou terem sido feitas sete detenções.
"Apenas para
identificação, porque são jovens que se recusavam a acatar as orientações da
polícia que considerou uma zona sujeita a vigilância policial e como houve
esses desacatos efetuamos as detenções apenas para identificação",
precisou.
Entre os detidos,
um identificou-se como pertencendo ao Bloco Democrático, partido sem
representação parlamentar e única formação política que anunciou publicamente
apoiar o protesto antigovernamental.
"A atividade
policial vai continuar. A polícia continua atenta e a fazer o seu trabalho e
esperamos que os jovens acatem as orientações de forma calma, pacífica e
serena", frisou.
Aquando das
primeiras detenções, os jornalistas estrangeiros presentes no local, o Largo da
Independência, foram primeiro convidados a abandonarem a área e depois
ameaçados de detenção.
Os jornalistas, das
agências Lusa, Reuters e AGI, de Itália, e da Radio France International,
decidiram afastar-se e puderam acompanhar à distância a carga policial com
agentes fardados e civis.
A manifestação,
convocada contra as injustiças sociais pelo autodenominado Movimento
Revolucionário Angolano, foi considerada ilegal pelas autoridades, que
prometeram reprimir qualquer tentativa de protesto.
A ação ocorreu na
véspera do arranque do 41.º Mundial de hóquei em patins, que se disputa entre
20 e 28 deste mês em Luanda e Namibe, sul do país.
EL // JMR - Lusa
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