quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Polícia angolana diz que houve “tentativas de tumulto” e que fez sete detenções

 


O anúncio foi feito pelo porta-voz da Polícia Nacional, comissário Aristófanes dos Santos, em declarações à LUSA e RTP, em que destacou não se ter registado uma grande concentração de jovens.
 
"Se calhar também fruto do nosso apelo, mas houve alguns jovens. Houve algumas tentativas de tumulto, algumas situações de desacato, não em grande em escala e até agora não houve mais situações gravosas", salientou.
 
O comissário Aristófanes dos Santos adiantou terem sido feitas sete detenções.
 
"Apenas para identificação, porque são jovens que se recusavam a acatar as orientações da polícia que considerou uma zona sujeita a vigilância policial e como houve esses desacatos efetuamos as detenções apenas para identificação", precisou.
 
Entre os detidos, um identificou-se como pertencendo ao Bloco Democrático, partido sem representação parlamentar e única formação política que anunciou publicamente apoiar o protesto antigovernamental.
 
"A atividade policial vai continuar. A polícia continua atenta e a fazer o seu trabalho e esperamos que os jovens acatem as orientações de forma calma, pacífica e serena", frisou.
 
Aquando das primeiras detenções, os jornalistas estrangeiros presentes no local, o Largo da Independência, foram primeiro convidados a abandonarem a área e depois ameaçados de detenção.
 
Os jornalistas, das agências Lusa, Reuters e AGI, de Itália, e da Radio France International, decidiram afastar-se e puderam acompanhar à distância a carga policial com agentes fardados e civis.
 
A manifestação, convocada contra as injustiças sociais pelo autodenominado Movimento Revolucionário Angolano, foi considerada ilegal pelas autoridades, que prometeram reprimir qualquer tentativa de protesto.
 
A ação ocorreu na véspera do arranque do 41.º Mundial de hóquei em patins, que se disputa entre 20 e 28 deste mês em Luanda e Namibe, sul do país.
 
EL // JMR - Lusa
 

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