Passos Coelho vai
em crescendo como é seu hábito na arte da mentira, na arte de ludibriar os
portugueses. Tem a vantagem de se deparar com uma oposição de faz-de-conta
protagonizada pelo PS (Partido Socialista). Seguro disse… Passos disse… - este é
o vai-e-vem das palavras entre dois líderes que se assemelham, filhos das
juventudes partidárias da vida fácil e distantes da realidade portuguesa.
Volvidos
mais de dois anos de destruição da democracia, da economia, da justiça, de
Portugal, dos portugueses, o que vimos são falácias de Passos para Seguro e de
Seguro para Passos, numa espécie de jogo articulado que garante o
empobrecimento, o adormecimento e embrutecimento de Portugal. Vai daí vem o PCP
dizer de sua lavra, e o Bloco de Esquerda… mas nada adiantam. Para as autárquicas
eleitorais que se aproximam (29 de setembro) o PSD de Passos-Cavaco está a
angariar potenciais votantes que nunca se julgou ser possível, o PS vai na
mesma, como antes, e é o possível partido mais votado entre autarquias. Mas daí
nada sairá de melhor nas políticas que arrasam Portugal e os portugueses.
As
mentiras dos partidos do constante círculo do poder (PS-PSD-CDS) nem por isso
sairão penalizados, mostra antecipada do que virá a acontecer nas eleições
legislativas de 2015. Não nos admiremos que o PSD-CDS obtenha então uma maioria
semelhante à que lhe garante o poder na atualidade. Tudo continua e continuará entregue às máfias do três partidos da governação. Dir-se-ia que os
portugueses eleitores são parvos e sadomasoquistas? Que, ao contrário, são espertos?
Espertos, é a tua tia! Vejam-se os títulos da Agência Lusa de seguida e a arte
de falar muito sem adiantar coisa alguma.
Redação PG - RP
Seguro diz que
“esperteza saloia” foi mentir aos portugueses para ganhar eleições
O secretário-geral
do Partido Socialista (PS) respondeu hoje às acusações do presidente do PSD,
Pedro Passos Coelho, dizendo que “esperteza saloia” foi o que o líder do Governo
teve ao “enganar os portugueses para ganhar as eleições”.
“Quando o PS
apresenta propostas para melhorar a vida das pessoas, para dar melhores
condições aos empresários, o primeiro-ministro chama a isto tudo esperteza
saloia”, lamentou António José Seguro durante um discurso em Matosinhos, depois
de ter sido levado em ombros ao lado do candidato socialista ao concelho,
António Parada.
“Pois eu quero
dizer ao primeiro-ministro uma coisa muito simples: esperteza saloia foi o que
ele fez quando, há dois anos, mentiu aos portugueses, enganou os portugueses
para ganhar as eleições. Isso é que não é justo”, declarou o secretário-geral
do PS.
Por seu lado, Pedro
Passos Coelho acusou hoje a oposição de "esperteza saloia" utilizada
nas tentativas de ganhar votos aos sociais-democratas, criticando o PS por
marcar a reabertura parlamentar com a exigência de baixar os impostos.
"Como é que o
principal partido da oposição decidiu encarar a reabertura parlamentar agora em
setembro? Dizendo: é preciso baixar os impostos", criticou o líder
social-democrata, questionando como é que é possível "construir o futuro
com demagogia desta maneira".
Seguro contrapôs
que o PS quer “ajudar os empresários da restauração baixando o IVA, ajudar as
empresas reduzindo o IRC para 12,5% para os primeiros 12.500 euros de lucros,
baixar o IMI das casas para ajudar as famílias”.
Horas antes,
durante um comício em Gondomar de apoio ao candidato do PS, Marco Martins,
Seguro havia acusado Pedro Passos Coelho de se “queixar dos portugueses”,
dizendo que “é altura de dizer ao primeiro-ministro que os portugueses têm todo
o direito a queixar-se”.
TDI (JF) // MSF
Avante!: Jerónimo
pede a Passos para deixar “lamúrias” e “falar verdade”
O secretário-geral
do PCP insistiu hoje para o primeiro-ministro do Governo maioritário PSD/CDS-PP
colocar de parte as "lamúrias" e "falar verdade" aos
portugueses sobre futuros cortes na despesa do Estado.
"Tendo em
conta as eleições de dia 29 (autárquicas), (o Governo) não concretiza qual é o
mal que vai fazer aos reformados e pensionistas, se é corte, se é taxa. Vai
fazer um novo assalto às reformas e pensões. O que entende desse guião do FMI
que pretende uma nova ofensiva no plano laboral", lamentou Jerónimo de
Sousa.
O líder comunista
acusou mesmo Passos Coelho de não estar a "falar verdade", ficando-se
por "meia-verdade".
"Não tem de se
queixar. Deixe-se de lamúrias e diga a verdade ao povo português", exortou
o líder comunista, na Festa do "Avante!", no Seixal.
Para Jerónimo de
Sousa, trata-se de "um Governo que ultimamente vem anunciando que se
inverteu a crise, a recessão, o número de desempregados, sabendo que são meros
sinais que resultam de uma conjuntura", exemplificando com o caso de
números dados como positivos em termos de evolução económica, no caso das
exportações, uma vez que "junho teve 19 dias úteis e julho teve 23... e o
país continua em recessão".
O líder do PSD
acusou hoje a oposição de "esperteza saloia" numa tentativa de ganhar
votos e criticou mesmo o PS por marcar a reabertura parlamentar com a exigência
de baixa de impostos, afirmando haver boas razões para que alguns analistas de
mercado pensem que "volta o desatino e a insustentabilidade" no dia
em que a ‘troika' sair de Portugal.
Relativamente a
nova decisão do Tribunal Constitucional favorável à elegibilidade de candidatos
autárquicos com mais de três mandatos, no caso de freguesias agregadas, o
secretário-geral comunista rejeitou qualquer necessidade de legislação sobre o
assunto.
"Não
consideramos necessária qualquer clarificação. Desde sempre rejeitámos e há as
decisões do TC que correspondem a esse sentido de fazer prevalecer o direito
fundamental em vez da restrição. A melhor forma de julgar a obra não é por
decreto, mas pelo voto das populações", afirmou, criticando, sobretudo o
BE pelas iniciativas de impugnação, com intuitos "reacionários,
protofascistas".
Para o PCP, o
objetivo para as eleições autárquicas, "sem traçar metas concretas, é
obter mais mandatos e mais votos", com a "honestidade",
"trabalho" e "competência" da CDU, que congrega ainda
"Verdes" e Intervenção Democrática
Ao todo, a CDU
concorre em 301 dos 308 municípios, no Continente, Madeira e 12 dos 19
açorianos, estando presente em 2.459 freguesias, mais 186 do que em 2009.
Jerónimo de Sousa
reforçou ainda que "mais de 35 por cento de candidatos são independentes"
das forças políticas que constituem a CDU.
HPG // VM
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