sábado, 7 de setembro de 2013

Portugal: ESPERTO, É A TUA TIA!

 


Passos Coelho vai em crescendo como é seu hábito na arte da mentira, na arte de ludibriar os portugueses. Tem a vantagem de se deparar com uma oposição de faz-de-conta protagonizada pelo PS (Partido Socialista). Seguro disse… Passos disse… - este é o vai-e-vem das palavras entre dois líderes que se assemelham, filhos das juventudes partidárias da vida fácil e distantes da realidade portuguesa.
 
Volvidos mais de dois anos de destruição da democracia, da economia, da justiça, de Portugal, dos portugueses, o que vimos são falácias de Passos para Seguro e de Seguro para Passos, numa espécie de jogo articulado que garante o empobrecimento, o adormecimento e embrutecimento de Portugal. Vai daí vem o PCP dizer de sua lavra, e o Bloco de Esquerda… mas nada adiantam. Para as autárquicas eleitorais que se aproximam (29 de setembro) o PSD de Passos-Cavaco está a angariar potenciais votantes que nunca se julgou ser possível, o PS vai na mesma, como antes, e é o possível partido mais votado entre autarquias. Mas daí nada sairá de melhor nas políticas que arrasam Portugal e os portugueses.
 
As mentiras dos partidos do constante círculo do poder (PS-PSD-CDS) nem por isso sairão penalizados, mostra antecipada do que virá a acontecer nas eleições legislativas de 2015. Não nos admiremos que o PSD-CDS obtenha então uma maioria semelhante à que lhe garante o poder na atualidade. Tudo continua e continuará entregue às máfias do três partidos da governação. Dir-se-ia que os portugueses eleitores são parvos e sadomasoquistas? Que, ao contrário, são espertos? Espertos, é a tua tia! Vejam-se os títulos da Agência Lusa de seguida e a arte de falar muito sem adiantar coisa alguma.
 
Redação PG - RP
 
Seguro diz que “esperteza saloia” foi mentir aos portugueses para ganhar eleições
 
O secretário-geral do Partido Socialista (PS) respondeu hoje às acusações do presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, dizendo que “esperteza saloia” foi o que o líder do Governo teve ao “enganar os portugueses para ganhar as eleições”.
 
“Quando o PS apresenta propostas para melhorar a vida das pessoas, para dar melhores condições aos empresários, o primeiro-ministro chama a isto tudo esperteza saloia”, lamentou António José Seguro durante um discurso em Matosinhos, depois de ter sido levado em ombros ao lado do candidato socialista ao concelho, António Parada.
 
“Pois eu quero dizer ao primeiro-ministro uma coisa muito simples: esperteza saloia foi o que ele fez quando, há dois anos, mentiu aos portugueses, enganou os portugueses para ganhar as eleições. Isso é que não é justo”, declarou o secretário-geral do PS.
 
Por seu lado, Pedro Passos Coelho acusou hoje a oposição de "esperteza saloia" utilizada nas tentativas de ganhar votos aos sociais-democratas, criticando o PS por marcar a reabertura parlamentar com a exigência de baixar os impostos.
 
"Como é que o principal partido da oposição decidiu encarar a reabertura parlamentar agora em setembro? Dizendo: é preciso baixar os impostos", criticou o líder social-democrata, questionando como é que é possível "construir o futuro com demagogia desta maneira".
 
Seguro contrapôs que o PS quer “ajudar os empresários da restauração baixando o IVA, ajudar as empresas reduzindo o IRC para 12,5% para os primeiros 12.500 euros de lucros, baixar o IMI das casas para ajudar as famílias”.
 
Horas antes, durante um comício em Gondomar de apoio ao candidato do PS, Marco Martins, Seguro havia acusado Pedro Passos Coelho de se “queixar dos portugueses”, dizendo que “é altura de dizer ao primeiro-ministro que os portugueses têm todo o direito a queixar-se”.
 
TDI (JF) // MSF
 
Avante!: Jerónimo pede a Passos para deixar “lamúrias” e “falar verdade”
 
O secretário-geral do PCP insistiu hoje para o primeiro-ministro do Governo maioritário PSD/CDS-PP colocar de parte as "lamúrias" e "falar verdade" aos portugueses sobre futuros cortes na despesa do Estado.
 
"Tendo em conta as eleições de dia 29 (autárquicas), (o Governo) não concretiza qual é o mal que vai fazer aos reformados e pensionistas, se é corte, se é taxa. Vai fazer um novo assalto às reformas e pensões. O que entende desse guião do FMI que pretende uma nova ofensiva no plano laboral", lamentou Jerónimo de Sousa.
 
O líder comunista acusou mesmo Passos Coelho de não estar a "falar verdade", ficando-se por "meia-verdade".
 
"Não tem de se queixar. Deixe-se de lamúrias e diga a verdade ao povo português", exortou o líder comunista, na Festa do "Avante!", no Seixal.
 
Para Jerónimo de Sousa, trata-se de "um Governo que ultimamente vem anunciando que se inverteu a crise, a recessão, o número de desempregados, sabendo que são meros sinais que resultam de uma conjuntura", exemplificando com o caso de números dados como positivos em termos de evolução económica, no caso das exportações, uma vez que "junho teve 19 dias úteis e julho teve 23... e o país continua em recessão".
 
O líder do PSD acusou hoje a oposição de "esperteza saloia" numa tentativa de ganhar votos e criticou mesmo o PS por marcar a reabertura parlamentar com a exigência de baixa de impostos, afirmando haver boas razões para que alguns analistas de mercado pensem que "volta o desatino e a insustentabilidade" no dia em que a ‘troika' sair de Portugal.
 
Relativamente a nova decisão do Tribunal Constitucional favorável à elegibilidade de candidatos autárquicos com mais de três mandatos, no caso de freguesias agregadas, o secretário-geral comunista rejeitou qualquer necessidade de legislação sobre o assunto.
 
"Não consideramos necessária qualquer clarificação. Desde sempre rejeitámos e há as decisões do TC que correspondem a esse sentido de fazer prevalecer o direito fundamental em vez da restrição. A melhor forma de julgar a obra não é por decreto, mas pelo voto das populações", afirmou, criticando, sobretudo o BE pelas iniciativas de impugnação, com intuitos "reacionários, protofascistas".
 
Para o PCP, o objetivo para as eleições autárquicas, "sem traçar metas concretas, é obter mais mandatos e mais votos", com a "honestidade", "trabalho" e "competência" da CDU, que congrega ainda "Verdes" e Intervenção Democrática
 
Ao todo, a CDU concorre em 301 dos 308 municípios, no Continente, Madeira e 12 dos 19 açorianos, estando presente em 2.459 freguesias, mais 186 do que em 2009.
 
Jerónimo de Sousa reforçou ainda que "mais de 35 por cento de candidatos são independentes" das forças políticas que constituem a CDU.
 
HPG // VM
 

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