Joaquim Carlos Santos - Aventar
Moreira
da Silva, Ministro do Ambiente e vice-presidente sistémico do PSD,
mostra-se demasiado comportadinho para meu gosto e completamente assimilado ao
politicamente correcto. Talvez tenha sido por isso que não demos por ele nos
dois anos mais pesados da intervenção externa, enquanto vice-presidente do PSD
em regime exclusivo. Marco António, pelo contrário, que leva a cruz de
organizar a campanha autárquica do PSD, não pode dar-se ao luxo de não falar a
linguagem do óbvio que todos falam: o FMI é cínico. Está no seu direito e no
seu papel. O papel de um vice-presidente do PSD é o de abrir a boca e arriscar
o informalismo da crítica e da polémica, ao contrário de Moreira que nunca teve
nada para dizer que se ouvisse, espantalho mudo e quedo, quando, no período
2011-2013, foi mais necessário mobilizar e moralizar as tropas para dar sentido
e alento à etapa mais asquerosa desta disciplina austeritária só para alguns.
Marco António tem muitos defeitos, mas é insubmisso e de um Norte que não
amocha. O Norte que faz falta. Para além de tudo, dispensava-se agora um
Partido em conveniente
e artificial polifonia, a desafinar na estratégia e na retórica.
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