O próprio
procurador-geral angolano, João Maria de Sousa, revelou a um semanário do país
que empresas e empresários portugueses estão a ser investigados pelo Ministério
Público de Angola por suspeitas de branqueamento de capitais, avança hoje a
edição do Diário de Notícias (DN).
Em entrevista ao
semanário angolano O País, o procurador-geral João Maria de Sousa conta que
várias empresas e empresários portugueses estão a ser investigados por Angola
devido a movimentos bancários “em que não se conhece bem a origem de
determinados dinheiros, que depois são retirados das contas e desaparecem do
território angolano”.
Esta informação é
hoje avançada pelo Diário de Notícias (DN) que salienta que o próprio João Maria
Sousa é um dos nomes que constam dos processos semelhantes que decorrem no
Ministério Público português e que envolvem outras personalidades de Luanda. No
caso específico do procurador-geral angolano está a ser investigado devido a
uma transferência de 93 mil dólares (cerca de 70,3 mil euros).
Mas quando
confrontado com esta situação, João Maria Sousa, conta o DN, optou por
contornar a questão, lançando um recado ao Ministério Público português.
“Preferimos não
pagar na mesma moeda e manter o anonimato dessas pessoas [empresas e
empresários portugueses] porque estamos a trabalhar com processos protegidos
pelo segredo de justiça. Quando chegar o momento próprio e as coisas estejam
devidamente clarificadas e não haja possibilidade de se criar qualquer tipo de
ambiguidade, então sim, vamos divulgar toda a informação para que a sociedade
angolana fique devidamente esclarecida”, frisou o responsável angolano, numa
clara critica a Portugal.
Contactada pelo DN,
a Procuradoria-Geral da República portuguesa recusou prestar qualquer
esclarecimento sobre o caso.
Notícias ao Minuto –
Lusa
Leia mais em
Notícias ao Minuto
Sem comentários:
Enviar um comentário