O histórico
socialista continua a ter no primeiro-ministro o seu alvo preferencial, e no
seu artigo de opinião do Diário de Notícias, Mário Soares escreve que Passos
devia ter-se demitido mas que não o terá feito “certamente porque se julga
eterno”. E acrescenta: “Assim, vai acabar mal. Muito mal. É que o Povo está
farto - odeia-o - e não vai aguentar muito mais tempo esta situação”.
Mário Soares
acredita que os portugueses “odeiam” o Governo, mas que esse sentimento também
se pode referir ao próprio primeiro-ministro. “Assim, vai acabar mal. Muito
mal. É que o Povo está farto - odeia-o - e não vai aguentar muito mais tempo
esta situação”, sublinha o antigo chefe de Estado.
“Passos Coelho
reconheceu a derrota. É verdade. E até felicitou António José Seguro, líder do
PS. Mas logo a seguir disse que não tencionava demitir-se... Certamente porque
se julga eterno, por direito divino, se calhar, visto que até perdeu na sua
própria terra, Vila Real de Trás-os-Montes. Não seguiu o bom exemplo de
Guterres, por muito menos. Porquê? Porque não tem vergonha na cara?”, acrescentou
Soares.
Para Soares, a
situação ainda vai piorar, pois o “Governo vai ter de pagar o que já não tem
para pagar”, e lembra que o Orçamento ainda não é conhecido, “porque para
Passos Coelho, apesar de falar pelos cotovelos, o segredo é a alma do negócio”.
Sobre o
vice-primeiro-ministro, o socialista também nada de bom tem a dizer: “Portas, o
chamado vice-primeiro-ministro, que aliás tem a missão (super ingrata) de falar
com a troika, parece não saber como. A troika só pensa em comprometer o Partido
Socialista, que só se fosse irresponsável aceitaria tal negócio”.
Na opinião do
antigo chefe de Estado, “é o péssimo que se segue ao pior. Ninguém sabe ao
certo o que aí vem”.
O histórico
socialista aproveita ainda para apontar baterias a Cavaco Silva dizendo que
“agora deu-lhe para viajar. É uma outra maneira de fugir a falar aos seus
compatriotas”.
Notícias ao Minuto
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