Sydney, Austrália,
27 nov (Lusa) -- O Governo australiano rejeitou hoje as críticas do Alto
Comissariado da ONU para os refugiados (ACNUR) que classificou de inumanas e
inseguras as condições nos centros de detenção de imigrantes que Camberra
possui em Nauru, na Papua Nova Guiné.
O ministro
australiano da Imigração, Scott Morrison, disse aos jornalistas em Sydney que o
organismo da ONU "tem uma longa história de oposição à transmissão (dos
pedidos de asilo) em países terceiros", noticiou a cadeia ABC.
O grupo de
funcionários do ACNUR que visitou centros de detenção em Nauru e na ilha de
Manus em outubro passado determinou que a detenção arbitrária, obrigatória e
indefinida dos que pedem asilo é feita em condições inumanas e inseguras.
A situação tem um impacto
profundo nos homens, mulheres e crianças alojados nesses centros e
concretamente "constitui uma detenção obrigatória que não é compatível com
as leis internacionais", disse terça-feira o representante regional do
ACNUR, Richard Towle, em comunicado.
Para o ministro
australiano, as críticas são "exageradas" e sublinhou que a
transmissão dos pedidos de asilo em países terceiros está em "fase de
transição" que irá melhorar nos próximos meses.
Já a senadora Sarah
Hanson-Young, do Partido Verde, recordou, citada pelo diário "Sydney
Morning Herald" que há oito mulheres grávidas a viverem em tendas no
centro de detenção de Nauru e apelou para que seja evitado o envio de crianças
e mulheres grávidas para esses locais.
JCS // JCS - Lusa
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