…DO REGIME COM OS
RICOS DE PORTUGAL
LOAS DO BPI AO
REGIME
Folha 8 – 02 novembro
2013
BPI apresentou um
lucro de 72,7 milhões de euros, tendo a actividade deste banco em Angola
contribuído com mais de 80%. Não é, por isso, difícil compreender as razões
que levam Fernando Ulrich a ser, há muito tempo, um dos principais defensores
do regime de Eduardo dos Santos.
De facto, o
presidente do BPI, banco presente em Angola desde 1996, diz que não há
corrupção em Angola, mau grado as organizações internacionais dizerem que o
país dele é o terceiro mais corrupto da Europa e que o nosso é um dos mais
corruptos do mundo. Em entrevista ao Diário Económico, em Junho de 2008,
Fernando Ulrich considerou que as declarações polémicas então feitas por Bob
Geldof “não têm sentido nenhum”.
Questionado sobre a
polémica à volta das declarações de Bob Geldof, que num evento promovido
pelo BES em Lisboa disse que “Angola é um país gerido por criminosos”,
Fernando Ulrich diz que as declarações “não têm sentido nenhum”. Todos, até ele
próprio, gostaríamos de acreditar.
O BPI tem em Angola
o Banco Fomento e Angola, sendo este o seu principal activo internacional.
Fernando Ulrich diz que a experiência do BPI em Angola não mostra um país
corrupto.
Aqui tem toda a
razão. O país não é corrupto. Corruptos são, pensa-se, os que (des)governam o
país. Aliás, Geldof falou de um país gerido por criminosos e não de um país
criminoso.
“O BPI nunca pagou
nada a ninguém para obter nada em troca como nem nunca ninguém nos pediu nada
para fazer o que quer que fosse em troca”, disse ao “Diário Económico”.
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