segunda-feira, 25 de novembro de 2013

“ANGOLA NÃO É TÁBUA DE SALVAÇÃO PARA OS AFLITOS DE PORTUGAL” – Mira Amaral

 


Em entrevista ao Diário de Notícias, o presidente do BIC Portugal comentou as relações comercias com Angola e salientou que se não lesse jornais não saberia que existiu uma crise diplomática entre os dois países. Contudo, Mira Amaral defendeu que não devemos ver Angola como o “eldorado” pois o país africano “não é uma tábua de salvação para os que estão aflitos em Portugal”.
 
Semanas depois de ter estalado o verniz entre Portugal e Angola, Mira Amaral vem refutar a ideia de crise entre os dois países. Para o banqueiro, o lado empresarial “não foi afectado” e que se não tivessem sido as notícias nos jornais, “nem sabia o que se tinha passado”.
 
Em entrevista ao Diário de Notícias, o presidente do banco BIC Portugal admite que existe muito interesse português em Angola, principalmente nos sectores agrícola, pecuário e agro-industrial.
 
Porém, o banqueiro defende que Angola não deve ser vista como o “eldorado”, pois “não é uma tábua de salvação para os que estão aflitos em Portugal”, mas sim “um pivô essencial para a nossa diversificação de mercados não comunitários”.
 
A saúde, educação, circuito de distribuição alimentar e farmacêutico, auditoria e consultadoria sou outros dos sectores apontados por Mira Amaral como de interesse para Portugal.
 
Durante a entrevista, o também licenciado em Engenharia Electrónica, revelou que não existe nenhum interesse angolano na privatização dos CTT, pois lá não existem uma “empresa tao desenvolvida nesta área de logística ligeira”.
 
No que toca às privatizações, o presidente do BIC Portugal diz que ainda falta privatizar a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e os seguros. Sem se alongar em discursos, acaba por admitir que “uma pequena seguradora possa acontecer”.
 
A recente polémica entre o BIC e o BIG foi também tema de conversa nesta entrevista ao Diário de Notícias. Para Mira Amaral o BIG apenas agiu por “inveja” e frisa que o logotipo do banco que gere foi criado em Angola e não em Portugal.
 
“Quando compramos o BPN é que [o BIG] se começa a incomodar. Só pode ser por inveja, porque ficámos maiores. Aliás, eu nem me lembrava de que existia o banco BIG, é tão pequenino”, concluiu.
 
Notícias ao Minuto
 

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