Em entrevista ao
Diário de Notícias, o presidente do BIC Portugal comentou as relações comercias
com Angola e salientou que se não lesse jornais não saberia que existiu uma
crise diplomática entre os dois países. Contudo, Mira Amaral defendeu que não
devemos ver Angola como o “eldorado” pois o país africano “não é uma tábua de
salvação para os que estão aflitos em Portugal”.
Semanas depois de
ter estalado o verniz entre Portugal e Angola, Mira Amaral vem refutar a ideia
de crise entre os dois países. Para o banqueiro, o lado empresarial “não foi
afectado” e que se não tivessem sido as notícias nos jornais, “nem sabia o que
se tinha passado”.
Em entrevista ao
Diário de Notícias, o presidente do banco BIC Portugal admite que existe muito
interesse português em Angola, principalmente nos sectores agrícola, pecuário e
agro-industrial.
Porém, o banqueiro
defende que Angola não deve ser vista como o “eldorado”, pois “não é uma tábua
de salvação para os que estão aflitos em Portugal”, mas sim “um pivô essencial
para a nossa diversificação de mercados não comunitários”.
A saúde, educação,
circuito de distribuição alimentar e farmacêutico, auditoria e consultadoria
sou outros dos sectores apontados por Mira Amaral como de interesse para
Portugal.
Durante a
entrevista, o também licenciado em Engenharia Electrónica, revelou que não
existe nenhum interesse angolano na privatização dos CTT, pois lá não existem
uma “empresa tao desenvolvida nesta área de logística ligeira”.
No que toca às
privatizações, o presidente do BIC Portugal diz que ainda falta privatizar a
Caixa Geral de Depósitos (CGD) e os seguros. Sem se alongar em discursos, acaba
por admitir que “uma pequena seguradora possa acontecer”.
A recente polémica
entre o BIC e o BIG foi também tema de conversa nesta entrevista ao Diário de
Notícias. Para Mira Amaral o BIG apenas agiu por “inveja” e frisa que o
logotipo do banco que gere foi criado em Angola e não em Portugal.
“Quando compramos o
BPN é que [o BIG] se começa a incomodar. Só pode ser por inveja, porque ficámos
maiores. Aliás, eu nem me lembrava de que existia o banco BIG, é tão
pequenino”, concluiu.
Sem comentários:
Enviar um comentário