Luanda - O funeral
de Manuel Hilberto Ganga, militante da CASA-CE falecido sábado último, ficou
marcado por um clima de "desordem pública", protagonizado por membros
daquela força política, cuja marcha dificultou o tráfego rodoviário na Avenida
Deolinda Rodrigues.
Segundo o porta-voz
da corporação, Aristófanes dos Santos, que falava à Angop, a via ficou
interdita por cerca de duas horas, obrigando a polícia a intervir para repor a
ordem, antes de liberar o cortejo até ao cemitério da Santa Ana.
O subcomissário
explicou que a CASA-CE solicitou, em carta dirigida ao Governo da Província de
Luanda, que o cortejo fúnebre do seu militante fosse realizado à pé, até ao
cemitério da Santa Ana, tendo as autoridades (Governo local) recusado tal
solicitação.
Ainda assim, reforçou,
os militantes decidiram faze-lo, pondo em causa a segurança e tranquilidade
pública, sobretudo o tráfego rodoviário, “criando um grande alvoroço entre a
área da rotunda da Praça da Independência até à Shoprite”.
No trajecto para a
última morada do malogrado, disse, os militantes da CASA-CE faziam vários
insultos à polícia.
Entretanto, por
volta das 11horas, a direcção do Comando Provincial de Luanda da Polícia
Nacional encetou contacto com o presidente da CASA-CE, Abel Chivukuvuku, que
também esteve no local, para que a situação fosse solucionada.
“Após a conversa
mantida com os responsáveis da coligação e sob escolta da PN, o funeral foi
finalmente feito com tranquilidade, em autocarros que já estavam alugados, pese
embora as ameaças contra os jornalistas dos órgãos de comunicação social
públicos”, declarou.
Segundo Aristófanes
dos Santos, a Polícia Nacional recebeu instruções específicas do seu
comandante-geral, Comissário-Geral Ambrósio de Lemos, para apenas conter as
manifestações desordeiras e evitar ao máximo qualquer confronto com a
população.
“A Polícia Nacional
alerta, contudo, que não vai continuar a tolerar situações de desordem que
coloquem em causa a ordem e a segurança interna”, disse o oficial comissário,
sublinhando que não houve qualquer detenção ou dano substancial.
Na foto: Aristófanes
dos Santos, porta-voz da Polícia Nacional
Angop
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