A eurodeputada
Elisa Ferreira afirmou, em entrevista ao Público, que a união monetária agrava
dos desequilíbrios entre os países e que os mais “fortes têm uma quase tutela
dos países mais fracos”. Para a socialista, “as troikas são uma aberração para
a lógica do projecto europeu”.
“As troikas são uma
aberração para a lógica do projecto europeu”. Quem o diz é Elisa Ferreira, uma
das eurodeputadas impulsionadoras da investigação que o Parlamento Europeu está
a fazer à actuação da troika nos países sob resgate financeiro.
“Vamos analisar a
substância e a qualidade das recomendações feitas aos Estados, porque a
qualidade é péssima” e pode ter levado à “interrupção do processo democrático”,
esclareceu, em entrevista ao Público.
No entanto, como
explica Elisa Ferreira, “quando questionamos aos membros da troika quem é que
os controla e perante quem é que respondem, não há ninguém”.
Contudo, “não é
possível que não haja um responsável quando os países estão a passar por uma
brutalidade e uma agenda de ajustamento que forçou uma recessão gravíssima”.
“Os países fortes
têm uma quase tutela dos países mais frágeis” e “os grandes apologistas [da
austeridade] eram os que estavam a ganhar com a situação”, acrescentou a
eurodeputada socialista, referindo-se em particular ao caso da Alemanha.
É por isso que o
Parlamento Europeu vai avançar com avaliações aos programas de ajustamento da
troika, levados a cabo nos países sob resgate financeiro.
Notícias ao Minuto
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