domingo, 10 de novembro de 2013

Portugal: Presidente da República é o “padrinho deste Governo”, diz João Semedo

 


Coordenador do BE afirma que Cavaco é cúmplice da maioria
 
Público – Lusa
 
O coordenador do Bloco de Esquerda, João Semedo, disse neste domingo que o Presidente da República é o "padrinho do Governo" e que há cada vez mais gente "a queixar-se da passividade do chefe do Estado".
 
"Há muita gente a queixar-se da passividade do Presidente da República, porque olham e vêem que é cúmplice desta política, é o padrinho deste Governo, é o único apoio que mantém este Governo a governar", afirmou.

Em declarações a Lusa quando, esta tarde, visitava a romaria do S. Martinho, o dirigente do BE vincou que as pessoas com as quais já tinha falado protestavam muito contra o Presidente da República e também por perceberem que "o Orçamento do Estado vai ser prejudicial para as famílias".

"As pessoas manifestam, no contacto comigo, o seu protesto, o seu desagrado. As pessoas queixam-se do empobrecimento e do desemprego. Não há nenhuma família que não tenha alguém que não tenha perdido o emprego" disse, acrescentando:

"As pessoas têm consciência que este Orçamento do Estado vai piorar a sua situação de vida e de trabalho. Este orçamento acrescenta, ao brutal aumento de impostos e à austeridade do ano passado, outras tantas medidas de austeridade: mais cortes nos salários, nos empregos, nos subsídios e até as pensões de sobrevivência".

Para o coordenador do Bloco de Esquerda, que estava acompanhado de dirigentes locais daquele partido, são "naturais" as queixas dos cidadãos da região do Vale do Sousa devido às elevadas taxas de desemprego ali registadas.

"Muitas pessoas já não têm a angústia de saber como vão viver, têm a angústia de saber como vão sobreviver. Isso é a mudança de dois anos e meio de austeridade que empobreceu o país e as pessoas", observou.

João Semedo reafirmou que o Bloco de Esquerda defende que o Presidente da República devia pedir a fiscalização da constitucionalidade do Orçamento do Estado de 2014, por "conter cláusulas que são flagrantemente violadoras da Constituição".

Disse também que Aníbal Cavaco Silva devia também submeter à apreciação do Tribunal Constitucional a proposta de lei dos regimes de aposentação.
 

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