Os Estados Unidos
devem continuar a atualizar a sua política em relação a Cuba comunista, disse
na sexta-feira o presidente dos EUA, Barack Obama, num discurso em casa de um
proeminente ativista cubano-americano.
A liberdade em Cuba
virá do trabalho dos ativistas, mas os Estados Unidos podem ajudar de maneiras
"criativas" e "atenciosas", disse Obama.
"E nós temos
que continuar a atualizar as nossas políticas", disse Obama, falando
durante uma angariação de fundos políticos na casa de Jorge Mas Santos,
presidente da Fundação Nacional Cubano-Americana (CANF, na sigla inglesa).
"Tenham em
mente que, quando Castro chegou ao poder, eu tinha acabado de nascer. A noção
de que as mesmas políticas que colocámos em prática em 1961 podem ainda ser, de
alguma forma, eficazes hoje, na era da Internet e do Google e das viagens pelo
mundo, não faz sentido", considerou.
Washington rompeu
relações diplomáticas com Havana em 1961 e declarou um embargo oficial a Cuba
em 1962, depois de Fidel Castro ter tomado o poder, em 1959, e nacionalizado
propriedades de norte-americanos.
A CANF, o principal
grupo ativista cubano-americano, foi fundada pelo pai de Mas, Jorge Mas Canosa,
e durante a liderança deste foi um bastião de políticas conservadoras e
pró-republicanas.
No entanto, o
filho, Mas Santos, um empresário das telecomunicações bem-sucedido, tem apoiado
Obama nas suas candidaturas presidenciais de 2008 e 2012.
Sob Obama, os
cubano-americanos podem viajar e enviar dinheiro para a ilha com mais
facilidade e as restrições de correio foram atenuadas, embora os dois países
ainda tenham de retomar relações diplomáticas plenas.
Obama chegou a
Miami na sexta-feira, depois de visitar o porto de Nova Orleães, no Luisiana, e
deve partir este sábado.
De acordo com o
jornal Miami Herald, o presidente está em Miami para três angariações de
fundos.
RCS // VC - Lusa
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