"Melhor se
elas derem frutos, mas, se não derem resultados, o país deve confiar em si
mesmo”, afirmou Ali Khamenei
Opera Mundi – São Paulo
O líder supremo do
Irã, o aiatolá Ali Khamenei, afirmou neste domingo (03/11) que “não está
otimista” com as negociações sobre o programa nucelar do país, mas apoiou as
conversas que vêm se desenvolvendo entre os persas e países ocidentais. A
declaração, dada durante um discurso, de acordo com a AFP, foi registrada no
site oficial do aiatolá.
“Não estou otimista
com as negociações. (...) Melhor se elas derem frutos, mas, se não derem
resultados, o país deve confiar em si mesmo”, disse. “Nós não devemos confiar
em um inimigo que nos sorri. Os americanos sorriem para nós e dizem que querem
negociar, mas, ao mesmo tempo, eles dizem que todas as opções estão sobre a
mesa.”
Khamenei aproveitou
o discurso, também, para atacar Israel, a quem chamou de “ilegal e bastardo”.
Negociações
nucleares
Nesta semana, o
grupo 5 + 1 (formado por Estados Unidos, França, China, Reino Unido, Rússia e
Alemanha) se reúne novamente com diplomatas iranianos em Genebra, na Suíça,
para discutir o programa nuclear do país. Essa será a segunda vez em que o
encontro acontece.
As negociações
começaram após a posse do presidente Hassan Rouhani, que tem tentado colocar em
prática uma política de distensão em relação ao assunto. Em setembro deste ano,
pela primeira vez desde 1979, um dirigente iraniano conversou por telefone com
um presidente americano. Após a ligação, Barack Obama confirmou que o tema
havia sido o programa nuclear.
No mês passado, o
secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse que “seria uma
negligência diplomática” por parte de Washington não buscar o diálogo com o
Irã. No entanto, o dirigente afirmou que essa aproximação requer primeiro ações
concretas por parte do governo de Teerã.
Pouco antes, o
primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, havia pedido que os Estados
Unidos não confiassem nos recentes gestos conciliatórios de Rouhani. Quanto a
isso Kerry afirmou que não buscar a aproximação com Teerã seria uma
"negligência diplomática do pior tipo".
"Eu não
interpretei os comentários do primeiro-ministro Netanyahu como uma sugestão de
que estamos sendo considerados tolos. Entendi que se tratava de uma advertência:
não se deixem enganar", explicou o secretário.
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