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O PCP organizou
para hoje concentrações em quatro locais de Lisboa, que depois se juntam no Campo
Pequeno num comício de homenagem ao antigo líder comunista.
Álvaro Cunhal
Filiou-se no PCP ainda muito jovem, tinha 17 anos, e militou até à morte,
defendendo até ao fim o ideal comunista. Morreu aos 91 anos, depois de ter sido
secretário-geral do PCP durante mais de três décadas.
Foi preso pela
PIDE, esteve enclausurado durante 11 anos, protagonizou a famosa fuga do forte
de Peniche e depois passou um largo período na clandestinidade.
Depois do 25 de
Abril, regressou a Portugal, vindo de Paris. Foi ministro sem pasta do primeiro
Governo provisório, no qual Mário Soares era ministro dos Negócios
Estrangeiros.
Foi também ministro
sem pasta noutros três governos, para além de ter sido deputado e membro do
Conselho de Estado.
Dizia que aprendia
com os advesários, mas a vida de Cunhal não se cingia à esfera política. Com o
pseudónimo de Manuel Tiago publicou diversos livros e dedicou-se à escrita e às
artes plásticas.
E hoje,
precisamente um século depois de o ex-líder comunista - que morreu a 13 de
junho de 2005 - ter nascido em Coimbra, militantes ou outras pessoas vão
encontrar-se em Entrecampos, na avenida de Berna, junto à Fundação Calouste
Gulbenkian, no cruzamento da avenida de Roma com a João XXI e na praça Duque de
Saldanha para rumarem à praça de touros lisboeta, onde se prevê lotação
esgotada para o comício, com o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa.
O evento terá
momentos musicais, a partir das 15:00, através da banda Brigada Vítor Jara e de
Luísa Basto, a intérprete da canção "Avante, Camarada", além de
várias intervenções, designadamente de Jerónimo de Sousa, previsivelmente perto
das 17:00, no dia em que, curiosamente, a Juventude Comunista Portuguesa também
celebra 34 anos.
O centenário do
nascimento do Cunhal foi assinalado com largas centenas de iniciativas ao longo
deste ano que vão culminar com uma sessão evocativa da histórica fuga da prisão
do Forte de Peniche, em 4 de janeiro.
Além do
comício-festa de domingo, destacaram-se o congresso, este mês, na Faculdade de
Letras da Universidade de Lisboa, a grande exposição, entre abril e junho, no Terreiro
do Paço, replicada depois na Festa do "Avante!", em setembro, além da
edição da fotobiografia e da reedição das obras escolhidas.
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