Lisboa, 14 nov
(Lusa) -- Um projeto da Associação Industrial Portuguesa (AIP) que visa
"dotar as crianças de competências na área do empreendedorismo" vai
arrancar em Timor-Leste no dia 29, estando já em curso em Angola, Moçambique e
Cabo Verde.
Segundo explicou à
Lusa a coordenadora do "Ateliê Empreender Criança", o programa
pedagógico foi lançado em Portugal no ano passado, abrangendo dois mil alunos
de 87 escolas, e, no âmbito da "estratégia de internacionalização", a
AIP decidiu "exportar o modelo" para outros países lusófonos,
nomeadamente Angola, Cabo Verde, Moçambique e Timor-Leste.
O balanço do
projeto, que pretende "estimular a curiosidade" de crianças entre os
oito e os dez anos pelas "técnicas de empreendedorismo, de gestão
empresarial, de desenvolvimento de uma ideia de negócios", é
"extremamente positivo", classificou Marta Sousa.
As Escolas
Portuguesas de Luanda (Angola) e Maputo (Moçambique) já estão a desenvolver o
programa, mas, no caso do segundo país, a formalização do protocolo de cooperação
foi protelada para dezembro, altura em que deverá receber a visita do
secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros português, Luís Campos Ferreira.
Em Cabo Verde,
cinco escolas do ensino público das ilhas de São Vicente e Santiago, num total
de mil alunos, estão a "ensinar o empreendedorismo" desde meados de
outubro, mas o protocolo será formalizado na sexta-feira, em Lisboa.
Já na Escola
Portuguesa de Díli, em Timor-Leste, o arranque do projeto, a formação dos
professores e a formalização do protocolo acontecerão em simultâneo, no dia 29,
adiantou Marta Sousa.
"Com as
devidas adaptações, em termos culturais e pedagógicos, ao ensino público dos
diferentes países", o programa implica sempre a formação de professores
por técnicos da AIP, que se deslocam aos países. A ideia é que os professores
se tornem "autónomos na gestão do programa", explicou.
A AIP, que conta
com o apoio de empresas e do Governo português, através do Camões -- Instituto
da Cooperação e da Língua, disponibiliza ainda "todo o material pedagógico"
e uma plataforma digital, através da qual os professores podem "partilhar
ideias e experiências", acrescentou Marta Sousa.
SBR // VM - Lusa
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