Banco Mundial diz
que permissão para Palestina utilizar área da Cisjordânia poderia incrementar
PIB em até 35%
Marina Mattar –
Opera Mundi
A economia
palestina deixa de ganhar cerca de 3,4 bilhões de dólares por ano - o
equivalente a 35% de seu PIB - em decorrência da ocupação militar israelense. A
conclusão é do relatório do Banco Mundial “Area C e o futuro da economia
palestina” divulgado nesta terça-feira (08/10). O estudo é o primeiro a avaliar
os impactos econômicos da ocupação israelense dos territórios palestinos, mais
especificamente, da área C, que constitui 61% da Cisjordânia.
Apesar dos Acordos de Paz de Oslo (1993) estipularem a transferência da área C para as autoridades palestinas até 1998, Israel mantém o controle sob o território, não liberando nem para a produção e comércio nem para residência de palestinos. O relatório estima que a permissão da atividade econômica na área poderia resolver, em grande parte, a situação econômica palestina, marcada por altas taxas de desemprego entre os jovens (em torno dos 37%) e pouco desenvolvimento produtivo.
A falta de terra e a série de sanções impostas por Israel são as principais causas da estagnação econômica do país, que se financia, majoritariamente, por doações internacionais, que ainda assim, passam pelas mãos israelenses. Segundo o Banco Mudial, a economia palestina deveria crescer, anualmente, no mínimo 6% para absorver a entrada da mão de obra - o que pode ser solucionado com a incorporação da área C.
Desenvolvimento de agricultura, exploração de minerais do Mar Morto e de jazidas, construção, turismo e telecomunicação seriam os setores mais beneficiados pela transferencia da área C para os palestinos, de acordo com o relatório. Atualmente, a principal atuação dos palestinos acpntece nos setores de serviços, indústria e agricultura.
“Normalmente, a alta densidade das areas urbanas da Cisjordânia chama a maior parte da atenção”, afirma Mariam Sherman, diretora do Banco Mundial na região. “Mas, liberar o potencial dessa ‘área restrita’ e permitir os palestinos de colocar esses recursos em andamento proporcionaria novas áreas inteiras da atividade econômica e levaria a economia palestina no caminho para o crescimento sustentável”, acrescentou.
Para o Banco Mundial, a utilização da área C não apenas expandiria a economia da região, como também a arrecadação da Autoridade Palestina em 800 milhões de dólares por ano, cortando pela metade o déficit e, assim, a necessidade de doações externas.
Apesar dos Acordos de Paz de Oslo (1993) estipularem a transferência da área C para as autoridades palestinas até 1998, Israel mantém o controle sob o território, não liberando nem para a produção e comércio nem para residência de palestinos. O relatório estima que a permissão da atividade econômica na área poderia resolver, em grande parte, a situação econômica palestina, marcada por altas taxas de desemprego entre os jovens (em torno dos 37%) e pouco desenvolvimento produtivo.
A falta de terra e a série de sanções impostas por Israel são as principais causas da estagnação econômica do país, que se financia, majoritariamente, por doações internacionais, que ainda assim, passam pelas mãos israelenses. Segundo o Banco Mudial, a economia palestina deveria crescer, anualmente, no mínimo 6% para absorver a entrada da mão de obra - o que pode ser solucionado com a incorporação da área C.
Desenvolvimento de agricultura, exploração de minerais do Mar Morto e de jazidas, construção, turismo e telecomunicação seriam os setores mais beneficiados pela transferencia da área C para os palestinos, de acordo com o relatório. Atualmente, a principal atuação dos palestinos acpntece nos setores de serviços, indústria e agricultura.
“Normalmente, a alta densidade das areas urbanas da Cisjordânia chama a maior parte da atenção”, afirma Mariam Sherman, diretora do Banco Mundial na região. “Mas, liberar o potencial dessa ‘área restrita’ e permitir os palestinos de colocar esses recursos em andamento proporcionaria novas áreas inteiras da atividade econômica e levaria a economia palestina no caminho para o crescimento sustentável”, acrescentou.
Para o Banco Mundial, a utilização da área C não apenas expandiria a economia da região, como também a arrecadação da Autoridade Palestina em 800 milhões de dólares por ano, cortando pela metade o déficit e, assim, a necessidade de doações externas.
“Sem a
possibilidade de usar o potencial da área C, o espaço da economia palestina
continuará fragmentado e estagnado. Levantar as múltiplas restrições pode
transformar a economia e melhorar, substancialmente, as perspectivas de
crescimento”, conclui Sherman.
Cada vez menos terras, cada vez menos produção
Cada vez menos terras, cada vez menos produção
A política
israelense, no entanto, tem se distanciado cada vez mais da trasferência de
territórios para os palestinos, como era previsto pelos acordos de paz. Nos
últimos três anos, o número de licitações lançadas pelo governo israelense para
a construção de assentamentos nos territórios palestinos ocupados mais do que quadruplicou. O boom teve início no final de
2010, quando o compromisso assumido pelo premiê Benjamin Netanyahu com os
Estados Unidos, de congelar por 10 meses o planejamento de novas colônias,
terminou.
Em 2012, a aprovação dos planos de construção – que incluem projetos prévios à sua administração - cresceu 300% em comparação com os dois anos anteriores. Isso significa que o Ministério de Defesa aprovou planos para outras 6.767 casas nas colônias. As novas unidades habitacionais – muitas ainda em construção - não apenas aumentarão a área de antigos assentamentos como também formarão novas colônias na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
A construção do muro da “vergonha” que separa Israel da Cisjordânia também incorporou terras palestinas. De acordo com a organização Stop the Wall, o muro anexou cerca de 46% da Cisjordânia.
Com a expansão territorial israelense, milhares de palestinos da Cisjordânia perderam seu principal meio de sobrevivência: a agricultura. Campos foram destruídos ou anexados pelas novas colônias israelenses.
Em 2012, a aprovação dos planos de construção – que incluem projetos prévios à sua administração - cresceu 300% em comparação com os dois anos anteriores. Isso significa que o Ministério de Defesa aprovou planos para outras 6.767 casas nas colônias. As novas unidades habitacionais – muitas ainda em construção - não apenas aumentarão a área de antigos assentamentos como também formarão novas colônias na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
A construção do muro da “vergonha” que separa Israel da Cisjordânia também incorporou terras palestinas. De acordo com a organização Stop the Wall, o muro anexou cerca de 46% da Cisjordânia.
Com a expansão territorial israelense, milhares de palestinos da Cisjordânia perderam seu principal meio de sobrevivência: a agricultura. Campos foram destruídos ou anexados pelas novas colônias israelenses.
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