O ex-tesoureiro do
Partido dos Trabalhadores do Brasil (PT) Delúbio Soares, condenado no processo
do "mensalão", entregou-se hoje à polícia em Brasília, enquanto o
advogado do último condenado ainda em liberdade informou que seu cliente se
encontra em Itália.
Delúbio foi
condenado a oito anos e 11 meses de prisão por formação de quadrilha e
corrupção ativa e deverá cumprir inicialmente o regime semiaberto.
O último réu ainda
em liberdade, dos 12 que receberam ordem de prisão na sexta-feira, é o
ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, condenado a 12
anos e sete meses de prisão por corrupção passiva, branqueamento de dinheiro e
peculato.
Segundo o advogado,
que falou ao canal de televisão local "GloboNews", Pizzolato
encontra-se em Itália. O réu terá deixado o país de forma clandestina, uma vez
que seu nome constava na lista de pessoas impedidas de sair do país.
Na tarde de
sexta-feira, o Supremo Tribunal Federal brasileiro expediu 12 ordens de prisão
para os condenados no processo do "mensalão", cujas penas não possuem
mais possibilidade de recursos.
Um dos primeiros a
entregar-se à polícia foi o ex-presidente do PT José Genoino, condenado a seis
anos e 11 meses de prisão por corrupção passiva e branqueamento de dinheiro.
Genoino, que
afirmou ser um "preso político", chegou à delegacia de São Paulo
gesticulando os braços com o punho cerrado para o alto, em sinal de força.
José Dirceu,
ex-ministro da Casa Civil, condenado como o "mentor" de todo o
esquema, entregou-se no final da noite, também em São Paulo.
Dirceu foi
condenado por corrupção ativa e branqueamento de dinheiro, com uma pena total
de dez anos e 11 meses.
Em carta aberta ao
povo brasileiro, publicada em seu sítio na internet, pouco antes de
entregar-se, o político disse que sua condenação era uma injustiça e que fora
condenado "sem provas", também tentando dar um tom político à sua
condenação.
Genoino e Dirceu
serão transferidos ainda hoje para Brasília.
FYRO // SMA - Lusa
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