Pequim, 29 dez
(Lusa) -- A China está a enfrentar um novo escândalo de corrupção depois da
agência Xinhua ter revelado sábado subornos de mais de 13,2 milhões de euros
numa eleição na província central de Hunan.
O caso, de acordo
com a Xinhua, envolve 512 dos 527 deputados do hemiciclo da cidade de Hengyang
que terão sido subornados com um montante de 110 milhões de yuan (cerca de 13,2
milhões de euros) para escolherem 56 dos seus elementos para a assembleia legislativa
provincial, o órgão imediatamente superior na hierarquia comunista.
Após a descoberta
do caso, que aconteceu há um ano, os 512 deputados demitiram-se enquanto os 56
'eleitos' foram demitidos, refere uma nota da assembleia provincial de Hunan
A magnitude do
escândalo leva hoje o Diário do Povo, o órgão oficial do partido, a escrever em
editorial que o castigo aos deputados "mostram a determinação da China em
lutar contra escândalos eleitorais e manter a confiança do povo".
"O número de
implicados é enorme, o dinheiro é muito, o problema é grave, os efeitos são
perniciosos", assegura o diário que apela a que o caso seja tratado com
seriedade pelos órgãos de disciplina do partido.
"Castigar
decididamente a corrupção, fazer-lhe frente é necessário para o Estado de
Direito, e o caso de Hengyang deve elevar o alerta", acrescenta o
comentário.
O Presidente chinês
Xi Jinping assumiu que o combate à corrupção seria uma das bandeiras do seu
Governo, tendo já sido condenados a penas de prisão perpétua nomes como Bo
Xilai, antigo ministro do Comércio, e Liu Zhijun, líder do influente Ministério
dos Transportes Ferroviários.
Xi Jinping fez
saber que a luta contra a corrupção é dirigida a todos, "os tigres e as
moscas", metáfora utilizada para salientar que todos os casos sejam
investigados da mesma forma, sejam altos cargos ou simples funcionários.
JCS // JCS - Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário