Verdade (mz),
Nampula
Uma delegação da
Renamo encabeçada pelo respectivo secretário-geral, Manuel Bissopo, e que
integra a chefe da bancada parlamentar desta formação política na Assembleia da
República, Maria Angelina Enoque, foi impedida de visitar os seus 35
correligionários que se encontram detidos nas celas do Comando Provincial da
Polícia da República de Moçambique em Nampula desde finais de Outubro.
Entretanto, a
delegação manteve um encontro com o comandante provincial da PRM, Alfredo
Mussa, o qual disse que a autorização de qualquer visita aos detidos está
condicionada a uma autorização do Comando-Geral.
Face a esta
inquietação, ao principio da tarde desta terça-feira (17), a delegação manteve
outro encontro com o procurador-chefe provincial, que também se distanciou do caso,
afirmando na instituição que dirige não existe nenhum processo judicial movido
contra aquele grupo de cidadãos.
De acordo com
Manuel Bissopo, a preocupação surge pelo facto de os detidos terem passado mais
de trinta dias nas celas sem a legalização de suas prisões, constituição de
advogado, acesso a visitas, alimentação externa, entre outros direitos
plasmados na Constituição da República de Moçambique.
Embora cauteloso,
Bissopo aventou a hipótese de os 35 membros terem sido fuzilados. “Entendemos
que isto constitui um problema grave, não se avançou nenhum elemento
relacionado com a detenção destes elementos porque não há matéria”.
Por outro lado, o
secretário-geral da Renamo diz ainda há dúvidas se os 35 membros do seu partido
estão ou não detidos, pese embora o comandante provincial tenha assegurado que
os mesmos encontram-se nas celas daquela corporação.
“O advogado da Liga
dos Direitos Humanos esteve durante sete dias em Nampula a tentar manter
contacto com os detidos, mas tal não foi possível e isso cria-nos muitas
dúvidas”, explicou Bissopo.
Como solução,
Bissopo aventa a possibilidade de o partido recorrer a outros níveis para que
esta situação seja esclarecida.
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