segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

PRESIDENTE DO SUDÃO DO SUL DIZ TER VENCIDO TENTATIVA DE GOLPE DE ESTADO

 


O Presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, garantiu hoje ter derrotado os responsáveis pela tentativa de golpe de Estado, depois de intensos combates registados durante a noite na capital do país que recentemente alcançou a independência.
 
Os confrontos surgiram nos arredores da capital, Juba, pouco antes da meia-noite, e rapidamente se espalharam pela cidade, disseram diplomatas e testemunhas citadas pela AFP, que acrescentaram ter ouvido artilharia pesada e tiros de morteiros.
 
Os responsáveis das Nações Unidas afirmaram que centenas de civis aterrorizados procuraram refúgio nas instalações da ONU, ao passo que a maioria dos habitantes simplesmente trancaram-se em casa, de acordo com um repórter da AFP.
 
"Esta foi uma tentativa de golpe de Estado", disse o presidente, culpando o agora inimigo e antigo vice-presidente, Riek Machar, que foi demitido em julho, por ter começado a violência neste país entre a Uganda e o Quénia.
 
"O vosso governo está a controlar totalmente a segurança em Juba. Os atacantes fugiram e as vossas forças [de segurança] estão a persegui-los. Eu prometo-vos que a justiça vai prevalecer. Não vou permitir nem tolerar que incidentes como este voltem a acontecer na nossa nova nação. Eu condeno estes atos criminosos da forma mais forte possível", disse o presidente num discurso.
 
Um recolher obrigatório entre as 6 da tarde de hoje e as 6 da manhã de terça-feira foi imposto, e vai permanecer em vigor até anúncio em contrário, disse o porta-voz das forças armadas às rádios locais, acrescentando que as tropas leais ao presidente estão "a controlar a situação".
 
Apesar de rico em petróleo, o empobrecido Sudão do Sul conseguiu a independência em 2011 depois de um referendo em que a esmagadora maioria da população apoiou a separação do norte.
 
As tensões políticas avolumaram-se nas últimas semanas, e já este mês o antigo vice-presidente, Riek Machar, e a viúva do fundador do país, John Garang, desafiaram publicamente o atual presidente, acusando-o de se comportar como um ditador.
 
Lusa
 

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