Moscovo confirmou
que está prestes a entregar empréstimo a Kiev
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A Rússia deu ontem
sinal de que está prestes a conceder a soma multimilionária de que a Ucrânia
precisa desesperadamente para evitar o caos económico, numa medida que visa
forçar Kiev a regressar à órbita perdida com o fim do regime soviético impondo
a sua própria união aduaneira (UA).
Numa Kiev que em
breve estará até aos joelhos em neve, a oposição prosseguiu com os seus planos
para ver as ruas da capital aquecerem com um novo comício hoje, não
desmobilizando numa altura em que receiam que o presidente Viktor Yanukovich
venda os interesses nacionais a Moscovo, depois de ter recuado face a um pacto
de integração com a União Europeia (UE) o mês passado, numa reviravolta que
deixou o país inclinado para leste.
Um assessor do
presidente russo, Vladimir Putin, sugeriu que um crédito a favor da Ucrânia
seria hoje negociado em Moscovo com a presença de Yanukovich, ao passo que o
ministro ucraniano da Energia disse que um outro acordo relativo a uma descida
dos preços do gás se afigura já neste mesmo horizonte.
Correndo o risco de
ver a onda de protestos contra o seu governo elevar-se, o líder ucraniano tem
mantido nos últimos dias um jogo duplo com Bruxelas e Moscovo, algo que já é
visto por vários analistas como uma tentativa de inflacionar as licitações quer
de um lado quer do outro.
O objectivo deste
leilão será engordar a UE ou a Federação Russa com a adesão do maior país com
fronteiras inteiramente desenhadas no espaço europeu.
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