O comandante geral
da Polícia Nacional angolana disse hoje em Luanda que a sinistralidade
rodoviária continua a ser uma preocupação para Angola, país que tem uma
segurança pública "aceitável".
Ambrósio de Lemos,
que discursava na cerimónia de cumprimentos de fim de ano realizada hoje, disse
que uma das ações da Polícia Nacional para 2014 será a realização de uma
conferência nacional sobre a sinistralidade rodoviária.
Segundo o
comandante geral da PN, o elevado número de acidentes de viação, que provocam
um elevado número de mortos e feridos, deverá merecer toda a atenção das
autoridades em 2014.
Em Angola, os
acidentes rodoviários são a segunda causa de morte, depois da malária.
Em declarações à
agência Lusa, o segundo comandante da Polícia Nacional, comissário chefe Paulo
de Almeida, o porta-voz do plano operativo traçado para a quadra festiva, disse
que esta semana, entre os dias 24 e 25, foram registados 50 acidentes de
viação, dos quais resultaram 17 mortos.
Dados estatísticos
da Direção Nacional de Viação e Trânsito registaram até meados deste mês 3.859
mortos e 14.404 feridos em consequência de acidentes de viação em todo o país,
estando apenas contabilizadas as mortes imediatas nos locais dos acidentes.
Em 2012, as
estatísticas contabilizaram um total de 4.636 mortos, 17.050 acidentes e 15.565
feridos.
A gravidade da
situação, segundo Ambrósio de Lemos, exige um melhor atendimento médico
imediato aos sinistrados, bem como o seu controlo e acompanhamento que permita
ilustrar com realidade as consequências dos acidentes.
Ainda para 2014,
segundo Ambrósio de Lemos, a Polícia Nacional perspetiva o apetrechamento dos
órgãos de investigação criminal e da Polícia de Guarda fronteira com
equipamentos e tecnologias apropriadas às atuais exigências.
A criação de um
instituto de medicina legal, a execução de medidas de política criminal, com
vista a dar resposta à grande, média e pequena criminalidade, estão nos planos
de ação da polícia para o novo ano que se aproxima.
Aquela alta patente
da Polícia Nacional angolana caracterizou como "aceitável" a situação
de segurança pública em Angola, "apesar da persistência de fatores que
geralmente contribuem para a prática de ilícitos, tais como a crença no
feiticismo, o alcoolismo, particularmente nos jovens, e uma certa
desestabilização familiar".
Lusa
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