sábado, 28 de dezembro de 2013

SINISTRALIDADE RODOVIÁRIA EM ANGOLA É AINDA A MAIOR PREOCUPAÇÃO

 


O comandante geral da Polícia Nacional angolana disse hoje em Luanda que a sinistralidade rodoviária continua a ser uma preocupação para Angola, país que tem uma segurança pública "aceitável".
 
Ambrósio de Lemos, que discursava na cerimónia de cumprimentos de fim de ano realizada hoje, disse que uma das ações da Polícia Nacional para 2014 será a realização de uma conferência nacional sobre a sinistralidade rodoviária.
 
Segundo o comandante geral da PN, o elevado número de acidentes de viação, que provocam um elevado número de mortos e feridos, deverá merecer toda a atenção das autoridades em 2014.
 
Em Angola, os acidentes rodoviários são a segunda causa de morte, depois da malária.
 
Em declarações à agência Lusa, o segundo comandante da Polícia Nacional, comissário chefe Paulo de Almeida, o porta-voz do plano operativo traçado para a quadra festiva, disse que esta semana, entre os dias 24 e 25, foram registados 50 acidentes de viação, dos quais resultaram 17 mortos.
 
Dados estatísticos da Direção Nacional de Viação e Trânsito registaram até meados deste mês 3.859 mortos e 14.404 feridos em consequência de acidentes de viação em todo o país, estando apenas contabilizadas as mortes imediatas nos locais dos acidentes.
 
Em 2012, as estatísticas contabilizaram um total de 4.636 mortos, 17.050 acidentes e 15.565 feridos.
 
A gravidade da situação, segundo Ambrósio de Lemos, exige um melhor atendimento médico imediato aos sinistrados, bem como o seu controlo e acompanhamento que permita ilustrar com realidade as consequências dos acidentes.
 
Ainda para 2014, segundo Ambrósio de Lemos, a Polícia Nacional perspetiva o apetrechamento dos órgãos de investigação criminal e da Polícia de Guarda fronteira com equipamentos e tecnologias apropriadas às atuais exigências.
 
A criação de um instituto de medicina legal, a execução de medidas de política criminal, com vista a dar resposta à grande, média e pequena criminalidade, estão nos planos de ação da polícia para o novo ano que se aproxima.
 
Aquela alta patente da Polícia Nacional angolana caracterizou como "aceitável" a situação de segurança pública em Angola, "apesar da persistência de fatores que geralmente contribuem para a prática de ilícitos, tais como a crença no feiticismo, o alcoolismo, particularmente nos jovens, e uma certa desestabilização familiar".
 
Lusa
 

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