Ministro guineense
ameaçou chefe de escala da TAP
A ordem para o
avião da TAP transportar um grupo de cidadãos sírios para território nacional
terá sido dada, avança hoje o jornal Público, pelo ministro do Interior do
executivo de transição da Guiné-Bissau, António Suca Nitchama, ao chefe de
escala da companhia aérea portuguesa.
O jornal Público
avança, este sábado, que a ordem para que os 74 cidadãos sírios embarcassem em
Bissau, num avião da TAP rumo a Lisboa, terá sido dada pelo ministro do
Interior do executivo de transição da Guiné-Bissau, António Suca Nitchama.
Segundo informações
recolhidas pelo jornal Público, o ministro contactou por telefone o chefe de
escala da TAP, ameaçando-o de reter o avião no aeroporto caso os 74 sírios não
fossem aceites a bordo.
De acordo com o
jornal Público, no momento do chech in feito pela TAP foram detectadas
inconformidades nos passaportes desses 74 passageiros. Foi, por isso, chamada
ao local o oficial de ligação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF),
que se encontrava na embaixada portuguesa em Bissau e que, acrescenta a
publicação, confirmou que os documentos não eram válidos para o embarque.
Uma posição
contrária tiveram, segundo apurou o jornal Público, as autoridades locais.
Ainda assim, o chefe de escala da TAP opôs-se ao embarque destes cidadãos. E,
terá sido nesse momento, que recebeu um telefonema do ministro guineense ,
António Suca Nitchama a ordenar que transportasse os 74 sírios.
Já esta
sexta-feira, a alta representante da União Europeia, Catherine Ashton,
assegurou que foi “um membro superior das autoridades de transição guineenses”
que “obrigou a tripulação de um avião da TAP a transportar 74 presumíveis
cidadãos sírios com passaportes falsos, em total desrespeito pelo direito
internacional”.
Ministro guineense
demite-se após incidente com voo da TAP
O ministro dos
Negócio Estrangeiros do governo de transição da Guiné-Bissau, Delfim da Silva,
apresentou hoje a demissão ao Presidente da República, disse o governante à
agência Lusa.
Delfim da Silva
disse à Lusa que a demissão é "uma forma de protestar" contra o
incidente de terça-feira com um voo da TAP entre Bissau e Lisboa.
A tripulação foi
obrigada por autoridades guineenses a descolar com 74 passageiros sírios
portadores de passaportes falsos, mesmo depois de detetado o problema, o que
levou a companhia portuguesa a suspender os voos entre os dois países. A
demissão surge por causa do incidente, "mas não é só isso", disse
Delfim da Silva à Lusa, referindo que outras situações têm ferido a credibilidade
da Guiné-Bissau no exterior.
Este último caso
terá sido a gota que fez transbordar o copo: "foi provocar um dano enorme
à diplomacia guineense e não posso ficar calado, como se nada tivesse
acontecido", declarou.
O ministro
demissionário responsabiliza "gente ligada à imigração e segurança, que
está relacionada com isto".
"Há
cumplicidades", sublinhou.
"Para aquela
gente passar aqui uns dias e depois ir para Lisboa como foi é porque houve
cumplicidade entre pessoas que tinham a obrigação de proteger o país e não
protegeram", reforçou Delfim da Silva.
O governante
entregou hoje a carta de demissão ao presidente de transição, Serifo Nhamadjo,
e aguarda agora por uma decisão do chefe de estado.
Seja como for, o
ministro dos Negócios Estrangeiros disse à Lusa que pretende continuar na
atividade política.
Delfim da Silva
destaca o facto de ter participado nos últimos meses em fóruns internacionais,
em Nova Iorque e Paris, e considera que o incidente desta semana arruína os
esforços feitos nesses encontros para o país reconquistar a confiança
internacional.
"Estávamos
menos mal, estava tudo bem encaminhado e provocaram um dano grande na
diplomacia guineense", referiu, sem entrar em mais detalhes sobre quem são
esses responsáveis.
Delfim da Silva
refere ainda que a sua demissão é uma forma de "clarificar" a
situação.
Só quantia avultada
pode ter trazido sírios até Portugal
O Serviço de
Estrangeiros e Fonteiras (SEF) está a investigar o embarque de 74 cidadãos
sírios na Guiné-Bissau rumo a Portugal, partindo desde logo do pressuposto que
só o pagamento de uma quantia avultada a uma rede ilegal os pode ter conduzido
até território nacional, destaca hoje o jornal Público. Enquanto decorre a
investigação, estão suspensas as ligações áreas entre Bissau e Lisboa.
O desembarque de 74
cidadãos sírios (51 adultos e 23 menores) já levou à suspensão, por parte da
TAP, dos voos entre Lisboa e Bissau e a um clima de mal-estar entre os governos
dos dois países, tendo a situação sido classificada de “grave” pelo ministro português
dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete.
Mas sob
investigação está agora o modo como conseguiram chegar a território nacional,
admitindo o SEF que só através de uma quantia avultada, provavelmente paga a
uma rede ilegal, terão conseguido fazê-lo, destaca hoje o jornal Público.
O montante pago e a
quem são algumas das questões que o SEF quer esclarecer, por forma também a
despistar a eventual mistura de radicais entre este grupo de cidadãos sírios,
que entrou em Lisboa com recurso a passaportes falsos.
Segundo revela hoje
o jornal Público, estes cidadãos, que embarcaram num voo da TAP porque as
autoridades guineenses forçaram, sob ameaça de armas, a tripulação e o chefe de
escala da companhia aérea portuguesa, terão chegado a Lisboa por meio de uma
rede de imigração ilegal que lhes concedeu falsos passaportes turcos e os
conduziu através da Turquia e Marrocos até à Guiné-Bissau.
O destino destes 74
cidadãos sírios não seria a capital portuguesa mas sim um país do Norte da
Europa. Sobre esta questão, o jornal i refere hoje que este grupo de refugiados
revelou às autoridades portuguesas que pagou cinco mil dólares por cada
documento falso a uma rede de emigração ilegal.
De acordo com uma
fonte do SEF, consultada pelo jornal i, em troca receberam passaportes falsos e
guias de acesso a território europeu. A escolha da nacionalidade turca deve-se,
acrescenta a mesma fonte, “a semelhanças físicas entre os nacionais dos dois
países”.
Certo é que, devido
à “grave quebra de segurança na fase de embarque”, está suspensa a única
ligação directa de Bissau à Europa, que era realizada três vezes por semana
pela TAP.
Sírios poderão
ficar porque Portugal não pode repatriá-los
Os 74 cidadãos
sírios que embarcaram num voo da TAP proveniente da Guiné-Bissau com destino a
Lisboa podem permanecer no País, avança a rádio Antena1. Fonte do Serviço de
Estrangeiros e Fronteiras (SEF) esclarece que Portugal poderá oferecer-lhes autorização
de residência, uma vez que a Síria está em guerra e, pela norma de protecção
humanitária, não poderão ser repatriá-los.
Os 21 menores, 15
mulheres, e 38 homens sírios que ontem (terça-feira) forçaram o embarque, após
ordens das autoridades guineenses, no voo 202 da TAP, que ligou Bissau a
Lisboa, podem ficar em Portugal.
Fonte do SEF
explica à rádio Antena1 que dificilmente conseguirão obter asilo político
porque não são perseguidos mas há uma outra figura legal que poderá
oferecer-lhes autorização de residência em Portugal: a protecção humanitária,
já que com a Síria em clima de guerra, Portugal já mais poderia repatriá-los.
Esta possibilidade,
de cidadãos sírios chegarem a Portugal por esta região africana, era há já
muito tempo investigada pelo SEF mas o que o organismo de segurança nacional
não contava era que esta rede, que recorre a falsos passaportes turcos para
enviar cidadãos sírios para toda a Europa, contasse com a colaboração das
autoridades guineenses.
Segundo a Antena1,
os 74 sírios que ontem chegaram a Portugal estão, neste momento, alojados em
instalações da Segurança Social.
Esta situação,
acrescenta hoje a edição do Diário de Notícias (DN), já foi analisada pelo
gabinete do ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, que classificou o
episódio de “muito grave” e pode pôr em causa as relações diplomáticas entre
Lisboa e Bissau.
Notícias ao Minuto,
com Lusa e outros em referência – Título PG
1 comentário:
TUDO O QUE SE DIZ NAS MEDIAS SOBRE A GUINE BISSAU TUDO E VERDADE MAS NEM COM ISSO A COMUNIDADE INTERNACIONAL CONTINUA A APOIAR ESTES BANDIDOS PARA AS PROXIMAS ELEICOES PRESIDENCIAIS. TODOS ESTAO ATENTOS A ESPERA DA ESMOLA QUE FOI OFERTA POR ESTAS ELEICOES. SE AS NACOES UNIDAS NAO PODE TOMAR A GUINE EM MAO, ENTAO DEIXEMOS ESTES A FAZER O QUE QUEREM MAS NAO VENAHM LAMENTANDO. SAO TODOS DOENTES E MALUCOS. QUEM GANHA NISSO FOI A CEDEAO SOBRETUDO (SENEGAL). COITADO DOS NOSSOS BANDIDOS TRAFICANTES DE DROGA DAS CRIANCAS E AGORA A IMIGRACAO ILEGAL!!!...
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