Desconhecidos
abriram fogo contra a residência do embaixador, num subúrbio de Atenas. Governo
grego chamou atentado de ato terrorista covarde.
Desconhecidos
dispararam dezenas de tiros contra a residência do embaixador da Alemanha na
Grécia, Wolfgang Dold, na madrugada desta segunda-feira (30/12).
Por volta das 3h30
(horário local), o prédio, localizado no subúrbio de Chalandri, ao norte de
Atenas, foi atacado por disparos de fuzil do tipo Kalashnikov, segundo a
polícia. Não houve feridos. Investigadores encontraram nos arredores cerca de
60 cartuchos de balas.
O guarda que
vigiava a residência afirmou que viu quatro homens, em duas motocicletas,
dispararem com armas do tipo Kalashnikov. Os autores dos disparos teriam
evitado apontar as armas na direção do vigia. Eles conseguiram fugir. O
policial afirmou que decidiu não revidar por causa das residências nas
redondezas.
Uma grande área em
torno do local foi isolada por unidades antiterrorismo. Seis pessoas foram
detidas para interrogatório e posteriormente liberadas. Investigadores examinam
vídeos de câmeras de segurança, assim como um carro roubado encontrado próximo
ao local.
O governo grego
chamou o atentado de "um ato terrorista covarde", destinado a manchar
a reputação do país antes de ele assumir a presidência rotativa da União
Europeia. Nenhum grupo se responsabilizou pelo ataque. O prédio já fora alvo de
um atentado em 1999.
"Nada
justifica um ataque a um representante do nosso país", afirmou o ministro
alemão do Exterior, Frank-Walter Steinmeier. "Este é um incidente que
levamos muito a sério", acrescentou, ressaltando estar aliviado por
ninguém ter sido ferido.
Outro ataque em
1999
A residência do
embaixador alemão já foi alvo de um ataque terrorista em maio de 1999. Naquela
época, uma bazuca foi disparada contra a casa. O ataque foi reivindicado pela
organização clandestina 17 de Novembro. O grupo esteve ativo de 1975 até ter
sido desmantelado, em 2002, e reconheceu a autoria de 23 assassinatos e vários
outros ataques.
Na Grécia, ataques
contra instituições diplomáticas, bancos ou empresas estrangeiras são uma
constante. Na maior parte das vezes, só são causados danos materiais. A polícia
acusa extremistas de esquerda ou anarquistas pelos atentados.
Muitos gregos veem
a Alemanha como principal responsável pelas duras medidas de austeridade
impostas à Grécia pelos credores internacionais, depois da eclosão da crise da
dívida, em 2010.
Deutsche Welle - MD/afp/ap/dpa
– Edição: Alexandre Schossler
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