terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Angola: REPATRIAMENTO VOLUNTÁRIO

 

Jornal de Angola, editorial
 
Terminada a guerra em Angola, são muitos os angolanos que regressam à Pátria para darem a sua contribuição à reconstrução nacional. Milhares de angolanos que estavam em países vizinhos têm aproveitado as operações de repatriamento voluntário organizado pelo Executivo e por parceiros internacionais especializados.
 
Ao longo do conflito armado, foram milhares os angolanos que tiveram de se refugiar em países vizinhos, nomeadamente no Congo Democrático, na Zâmbia, Namíbia, África do Sul e no Botswana e que agora manifestam a sua vontade de voltar ao país para fazerem parte dos esforços virados para a construção da sociedade para todos nós vivermos em prosperidade.

As operações de repatriamento de um tão elevado número de angolanos é de um grande significado para país, que fica a ganhar com o regresso de compatriotas que trazem o seu saber e experiências adquiridos no exterior, para ajudar o país a crescer.

O envolvimento das autoridades no processo de integração dos refugiados angolanos na sociedade tem sido de uma grande valia, na medida em que a intervenção do Executivo permitiu mobilizar meios humanos e materiais para levar a cabo uma série de tarefas que uma operação de repatriamento, pela sua natureza e dimensão, implica.

O regresso a casa causa sempre grande satisfação, sobretudo a pessoas refugiadas que em muitos casos viveram situações difíceis, pretendendo agora iniciar uma nova vida na sua Pátria.

O facto de muitos refugiados terem estado muitos anos em territórios de países vizinhos requeria operações bem organizadas de repatriamento, de modo a que a sua integração na sociedade fosse feita sem grandes sobressaltos.

É preciso assinalar que o envolvimento efectivo das autoridades nas operações de repatriamento permitiu, por exemplo, que os refugiados que regressavam ao país encontrassem condições logísticas e serviços de registo civil e de matrículas escolares para as crianças, o que proporcionava a sua rápida integração na sociedade.

A última fase de repatriamento de refugiados angolanos vai ocorrer este ano, havendo disponibilidade por parte das autoridades e parceiros internacionais para organizar mais operações destinadas a repatriar muitos compatriotas nossos, de forma organizada.

Os angolanos refugiados em países vizinhos têm este ano mais uma oportunidade para regressarem ao país, estando as autoridades angolanas a incentivar esse regresso, até porque há capacidade para os receber com dignidade.

Angola em paz quer que todos os seus filhos regressem à Pátria, pois a estabilidade que hoje temos cria oportunidades para todos os angolanos se realizarem. Há potencialidades por explorar em várias regiões de Angola e ainda somos poucos para as gigantescas tarefas da reconstrução nacional.

Ficamos a saber, com satisfação, que mais de 26 mil refugiados angolanos que vivem há mais de 30 anos em países vizinhos tencionam regressar ao país até finais deste ano. Que as condições das operações de repatriamento voluntário continuem a ser óptimas, a fim de que cada vez mais compatriotas se sintam encorajados a voltar à terra.

É importante que os angolanos refugiados se sintam bem no seu regresso ao país e se integrem rapidamente para se dedicarem ao trabalho ou ao estudo. Acreditamos que muitos desses nossos compatriotas que agora regressam à Pátria vão poder ter a possibilidade de mostrar as suas capacidades nos diferentes domínios da vida nacional, no interesse de toda a sociedade.

O nosso extenso território, com terras férteis, pode oferecer oportunidades diversas no domínio da agricultura, para só citar um exemplo. A agricultura é um sector do país que vem crescendo, assistindo-se a investimentos privados, que vão gerando empregos.

Os nossos irmãos que regressam ao país vão encontrar em Angola um ambiente em que se trabalha muito para se transformar as terras em benefícios para as comunidades, por via da produção agrícola. Encontrarão ainda muitas escolas primárias, institutos médios e universidades construídas depois que alcançámos a paz em 2002 e que se encontram espalhadas por todo o país. Encontrarão um país em movimento, rumo ao progresso social.

Que venham os nossos compatriotas que vivem no exterior para juntos erguermos um país em que os seus habitantes possam viver com uma elevada qualidade de vida. O seu regresso à Pátria constitui para todos os angolanos um momento que vale a pena assinalar, porque unidos seremos sempre mais fortes para enfrentarmos os desafios.

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