Balneário Público
Portugal virou o
país casino. É tudo uma questão de sorte. Agora até haverá premiados com um
automóvel (esperamos que novinho) em sorteios de faturas com número de
contribuinte fiscal, o tal NIF. O jogo foi implementado pelos sábios do governo
de Passos-Portas-Cavaco (ou vice-versa). O cidadão contribuinte ao proceder a
um pagamento exige fatura com o seu respetivo NIF e poderá ganhar um automóvel
em sorteio a realizar pelo governo ou quem o represente. Daqui por uns tempos
talvez possamos ver quantos boys e girls do PSD/CDS vão andar por aí com novos
bólides. E os tios, e os primos, e os primos dos primos – como já dizem os
más-línguas. Sem sentido esta casinada tirada do cérebro de galinha careca dos
sábios da governação. Tratam os portugueses e as portuguesas como deficientes
mentais e assim vão levando a sua água ao moínho, fazendo-nos ninho atrás da
orelha. Então e se nps recusarem entregar a fatura? É que na EMEL, por exemplo,
não gostam de passar faturas. E como na EMEL muitos outros haverá. Sabemos isso.
Vai daí entramos em vias-de-facto, andamos à estalada, por não nos quererem
passar uma fatura relativa a pagamentos? E no café do Zé da Esquina, que não
passa faturas, vai haver estalada de criar bicho por causa de impossibilitar a
habilitação a ganharmos um popó oferta do governo? Que país? Que geração de
penduras e salafrários está no governo e na condução das políticas deste país à
beira-mar plantado? Então não seria normal que a educação dos cidadãos
correspondesse ao cívismo e responsabilidade de não “fugir” às faturas e aos
impostos? Seria normalíssimo mas… É que os portugueses, com razão, dizem de si
para si que fogem aos impostos porque não estão para sustentar tantos chulos e
ladrões. Obviamente que se referem aos políticos, desde os que estão nos
governos, assim como aqueles que abarrotam a Assembleia da República, para não
falar dos gastarios da presidência da república(zinha), e todos que ladeiam
aquela mole imensa de nababos que sustentamos. Essa é a razão principal por que
os portugueses são arredios a pagar impostos escrupulosamente. Lembram-se da
corrupção, dos conluios, do nepotismo, e torcem o nariz ao sentimento de
andarem a pagar para engordar porcos que nem sequer servem para comer – a não ser
que se seja canibal. E é assim. O Casino Portugal está aberto. A roleta vai
rodar. Veremos o que sucede, apesar da desconfiança ser tão grande. Nunca se
sabe. Num país de tantos calhaus pode ser que desta vez os betinhos do governo
acertem com uma pedrada no charco da deficiência mental como vê os seus
concidadãos.
Manuel Tiago
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