O líder do CDS-PP,
Paulo Portas, disse ontem aos militantes centristas no primeiro dia do 25º
Congresso do partido, que a sua demissão “irrevogável” do passado mês de julho
foi um “último recurso” utilizado para salvar a coligação que “podia
deteriorar-se”. O vice-primeiro-ministro defendeu ainda uma “abertura moderada
da Segurança Social” para sistemas privados.
Sem entrar em
grandes e profundas explicações, Paulo Portas disse ontem aos militantes do CDS
que só precisavam de saber que, em julho do ano passado, aquando da sua
“irrevogável” demissão que foi afinal revogável, atuou “em último recurso por
entender que se nada fosse feito a coligação poderia deteriorar-se”.
Foi com este
“espírito de missão” que Paulo Portas garantiu ter ficado satisfeito com as
consequências da sua decisão “irrevogável”: deixou de ser ministro dos Negócios
Estrangeiros para assumir a posição de vice-primeiro-ministro com intervenção
direta na pasta troika. “O que tem de ser teve muita força, a crise foi
superada, o Governo está mais forte, e a economia ganha com isso”, sublinhou.
Sobre o atual
sistema de Segurança Social, o número dois do Executivo referiu que é adepto de
uma “abertura moderada”. Isto é, “permitir aos trabalhadores, a partir de um
certo nível, terem mais direito a programar a sua velhice e ficarem menos
reféns dos ciclos financeiros e políticos”.
“É preciso no
pós-troika, que nos entendamos, partidos responsáveis, parceiros sociais, sobre
a defesa do sistema de segurança social público", afirmou.
Lusa, em Notícias
ao Minuto
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