domingo, 12 de janeiro de 2014

Paulo Portas: "Demissão irrevogável" foi "último recurso" para "salvar coligação"

 


O líder do CDS-PP, Paulo Portas, disse ontem aos militantes centristas no primeiro dia do 25º Congresso do partido, que a sua demissão “irrevogável” do passado mês de julho foi um “último recurso” utilizado para salvar a coligação que “podia deteriorar-se”. O vice-primeiro-ministro defendeu ainda uma “abertura moderada da Segurança Social” para sistemas privados.
 
Sem entrar em grandes e profundas explicações, Paulo Portas disse ontem aos militantes do CDS que só precisavam de saber que, em julho do ano passado, aquando da sua “irrevogável” demissão que foi afinal revogável, atuou “em último recurso por entender que se nada fosse feito a coligação poderia deteriorar-se”.
 
Foi com este “espírito de missão” que Paulo Portas garantiu ter ficado satisfeito com as consequências da sua decisão “irrevogável”: deixou de ser ministro dos Negócios Estrangeiros para assumir a posição de vice-primeiro-ministro com intervenção direta na pasta troika. “O que tem de ser teve muita força, a crise foi superada, o Governo está mais forte, e a economia ganha com isso”, sublinhou.
 
Sobre o atual sistema de Segurança Social, o número dois do Executivo referiu que é adepto de uma “abertura moderada”. Isto é, “permitir aos trabalhadores, a partir de um certo nível, terem mais direito a programar a sua velhice e ficarem menos reféns dos ciclos financeiros e políticos”.
 
“É preciso no pós-troika, que nos entendamos, partidos responsáveis, parceiros sociais, sobre a defesa do sistema de segurança social público", afirmou.
 
Lusa, em Notícias ao Minuto
 

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