O soba Tyikenga
Heipute disse que o povo nesta região de Angola e na fronteira com a Namíbia
está a beira da morte, necessita de comida e água.
Armando Chicoca - Voz da América
O grito de socorro
veio do soba grande das comunidades muhimbas na região do Iona, Município do
Tômbwa, Tchikenga Heipute.
“O nosso povo está a morrer à fome, são três anos consecutivos de estiagem”, disse.
Segundo aquela autoridade tradicional, apesar das chuvas que caem um pouco pelo país, a estiagem contínua a assolar as comunidades daquela região e nos últimos dias, como consequência, mais de quinhentas cabeças de gado bovino morreram lamentavelmente na periferia da Comuna do Iona, por falta de água e pasto.
Quando não há agua e pasto para o gado, as vacas também deixam de produzir leite, este quadro sombrio afectou grandemente a cultura das mulheres Muhimbas, habituadas untar-se com o leite misturado com a famosa pedra tyive, apresentando o corpo bronzeado, o que lhes caracteriza ser mulher Muhimba.
”Neste momento, por falte de leite, as nossas mulheres deixaram de untar o corpo, passaram a usar roupa como se de pessoas quaisquer se tratassem, descaracterizando a nossa cultura muhimba, pois, as mulheres aprenderam auntar o corpo com o pó da pedra tyve, misturado com omavele, ou seja leite extraído da vaca, o que não esta a acontecer hoje”, Lamentou aquela autoridade tradicional.
O soba Tyikenga Heipute disse que o povo nesta região de Angola e do lado de ca, na fronteira com a Republica da Namíbia, está a beira da morte, necessita de comida e água para o consumo humano.
“Pedimos ao chefe do executivo angolano para que responda o nosso clamor, as pessoas estão a morrer, queremos mais furos de agua para abeberamento das pessoas e animais, assim como comida, porque o povo esta mesmo faminto e não tem como fazer”, frisou o soba grande Tyikenga Heipute.
Sem comentários:
Enviar um comentário