terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Angola: SINSE E PRG/MILITAR ORQUESTRARAM CONDENAÇÃO DE QUIM RIBEIRO...

 

... MAIS 20 POLÍCIAS
 
Folha 8 – 14 fevereiro 2014
 
Depois de uns tantos ou quan­tos golpes de teatro numa peça escrita e encenada por três dramaturgos/encenado­res, Procuradoria-Geral da República/Militar, DNIC e SINSE, as mentiras e os entre­mezes ficcionistas da acusação do ministério público militar, capitaneado pelo procura­dor-adjunto da República e procurador­-adjunto das FAA, Adão Adriano, co­meçam, malembe, malembe, a ficar cada vez mais a descoberto.
 
No dia 10 de Fevereiro, numa sessão de julgamento na 3ª ses­são do Tribunal Provincial de Luanda, o réu Celso Azevedo disse ter sido interrogado durante mais de 14 horas por elementos do SINSE (Serviços de Segurança do Estado), nomeada­mente pelo antigo de­legado provincial dessa organozação, Vieira Lo­pes, posteriormente im­plicado no rapto e morte de Alves Kamulingue, o operativo chefe Pau­lo Mota, o oficial Lau e o coronel Fernandes, todos oficiais opera­tivos SINSE, que tudo fizeram para o obrigar a dar uma versão inven­tada dos aconte­cimentos com o único objectivo de incriminar Quim ribeiro mais os 20 policias. Como não conse­guiram chegar aos seus sinistros objectivos, forjaram situações em que o indigitado Celso se viu de repente envolvido numa armadilha bem montada, acusado de ter assassinado o chefe da gang do HDA, Julinho. Provas para que, não era preciso e vai daí, o homem passa de agente da DPIC a delinquente, e quando se defendeu de ataques orquestrados pelo SINSE, foi acusado do crime de homicídio, sem morto à vista, foi também impugnado por associação de malfeitores, sem compa­nheiro que se visse e assim de seguida, numa sequência de outros actos teatrais transfigu­rados em crimes forjados.
 
Recorde-se que numa das primeiras acu­sações o próprio de Celso, face à gravidade da situação chegou a dar informações fal­sas destinadas entregá-lo para que ficasse à guarda da DNIC, num local em segu­rança. Mas os seus cálculos foram vãos, pois, numa reviravolta inesperada, o mesmo local foi invadido por elemen­tos do SINSE para apagarem a sua ficha, entenda-se, para lhe limpar o sarampo.
 
F8 tinha e tem razão, sobre a forma in­digna como se moveu a justiça militar neste caso. Não queremos dizer que Quim Ribeiro e pares sejam santos, mas no caso seria importante a apresenta­ção de provas e elas não apareceram nem aparecem e pensamos mesmo que nunca aparecerão, pelo contrá­rio, o que começa a saltar à vista de observadores mais atentos é que, afi­nal, os assassinos só agora estão a ser recolhidos em cadeia e à cadeia e, como que por acaso não deveria no caso aco­lher os indigitados que acabaram por ser condenados sem provas.
 
Voltaremos.
 

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