... MAIS 20 POLÍCIAS
Folha 8 – 14 fevereiro
2014
Depois de uns
tantos ou quantos golpes de teatro numa peça escrita e encenada por três
dramaturgos/encenadores, Procuradoria-Geral da República/Militar, DNIC e
SINSE, as mentiras e os entremezes ficcionistas da acusação do ministério público
militar, capitaneado pelo procurador-adjunto da República e procurador-adjunto
das FAA, Adão Adriano, começam, malembe, malembe, a ficar cada vez mais a
descoberto.
No dia 10 de
Fevereiro, numa sessão de julgamento na 3ª sessão do Tribunal Provincial de
Luanda, o réu Celso Azevedo disse ter sido interrogado durante mais de 14 horas
por elementos do SINSE (Serviços de Segurança do Estado), nomeadamente pelo
antigo delegado provincial dessa organozação, Vieira Lopes, posteriormente implicado
no rapto e morte de Alves Kamulingue, o operativo chefe Paulo Mota, o oficial
Lau e o coronel Fernandes, todos oficiais operativos SINSE, que tudo fizeram
para o obrigar a dar uma versão inventada dos acontecimentos com o único
objectivo de incriminar Quim ribeiro mais os 20 policias. Como não conseguiram
chegar aos seus sinistros objectivos, forjaram situações em que o indigitado
Celso se viu de repente envolvido numa armadilha bem montada, acusado de ter
assassinado o chefe da gang do HDA, Julinho. Provas para que, não era preciso e
vai daí, o homem passa de agente da DPIC a delinquente, e quando se defendeu de
ataques orquestrados pelo SINSE, foi acusado do crime de homicídio, sem morto à
vista, foi também impugnado por associação de malfeitores, sem companheiro que
se visse e assim de seguida, numa sequência de outros actos teatrais transfigurados
em crimes forjados.
Recorde-se que numa
das primeiras acusações o próprio de Celso, face à gravidade da situação
chegou a dar informações falsas destinadas entregá-lo para que ficasse à
guarda da DNIC, num local em segurança. Mas os seus cálculos foram vãos, pois,
numa reviravolta inesperada, o mesmo local foi invadido por elementos do SINSE
para apagarem a sua ficha, entenda-se, para lhe limpar o sarampo.
F8 tinha e tem
razão, sobre a forma indigna como se moveu a justiça militar neste caso. Não
queremos dizer que Quim Ribeiro e pares sejam santos, mas no caso seria
importante a apresentação de provas e elas não apareceram nem aparecem e
pensamos mesmo que nunca aparecerão, pelo contrário, o que começa a saltar à
vista de observadores mais atentos é que, afinal, os assassinos só agora estão
a ser recolhidos em cadeia e à cadeia e, como que por acaso não deveria no caso
acolher os indigitados que acabaram por ser condenados sem provas.
Voltaremos.
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