O Procurador-Geral
da República de Angola, João Maria de Sousa, defendeu hoje em Luanda a
necessidade de serem formados magistrados do Ministério Público capazes de proteger
e assegurar a defesa dos direitos, liberdades e garantias fundamentais dos
cidadãos.
O desafio foi
apontado na abertura de um seminário sobre Direitos Humanos e Acesso à Justiça
iniciado hoje em Luanda, numa parceria entre a Procuradoria-Geral da República
angolana e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
João Maria de Sousa
lembrou aos cerca de 50 magistrados do Ministério Público, provenientes de todo
o país, que a PGR tem a função de "representar e defender os direitos de
pessoas singulares e coletivas, entre outras atribuições não menos
importantes".
Por seu turno, a
coordenadora do sistema das Nações Unidas e representante do PNUD em Angola,
Maria do Valle Ribeiro, considerou a formação e especialização dos magistrados
judiciais e do Ministério Público a condição imprescindível para uma
administração da justiça que se pretende "efetiva e célere".
Maria do Valle
Ribeiro elogiou o facto de Angola ter assinado e ratificado quatro das sete
convenções internacionais em matéria de direitos humanos e de apresentar com
regularidade os seus relatórios junto dos vários Comités de Direitos Humanos
das Nações Unidas.
Durante dois dias,
os cerca de 50 magistrados do Ministério Público vão receber informação sobre
Instrumentos Internacionais Ratificados por Angola no Âmbito dos Direitos
Humanos e a Aplicabilidade das Convenções Internacionais no Ordenamento Jurídico
Angolano.
Os magistrados vão
ainda receber formação sobre Direitos Humanos, Desafios e Dilemas, a Autonomia
dos Procuradores e seu Papel na Defesa do Direito, Incluindo os Direitos
Humanos, as Formas Tradicionais de Justiça e Administração da Justiça no
Contexto Angolano.
NME // JMR – Lusa –
foto Paulo Novais
Sem comentários:
Enviar um comentário